Pórticos e galerias no Gonzaga, Santos/SP: arquitetura moderna, mobilidade ativa, produção imobiliária e legislação urbanística
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2025.224976Palavras-chave:
desenho urbano, mobilidade ativa, pórticos e galerias, legislação urbanística, Santos/SPResumo
Este trabalho trata do uso articulado de pórticos e galerias comerciais em edifícios do bairro do Gonzaga, em Santos/SP, que constituiu um sistema de mobilidade ativa durante o século XX. A partir de revisão bibliográfica, foram identificados e estudados edifícios dotados desses tipos edilícios, avaliando-se em que medida seus promotores e a legislação urbanística garantiram vitalidade urbana e promoveram a mobilidade ativa. Foram identificados dois períodos de desenvolvimento desse sistema: entre 1930 e 1946, quando hotéis e cassinos foram dotados de pórticos, e até os anos 1980, com a verticalização pela construção de edifícios de arquitetura moderna com térreos livres dotados de galerias comerciais e pórticos, que produziram um tecido urbano permeável, que hoje dá identidade ao bairro. Evidenciou-se a ausência de regramento específico para a qualificação do desenho urbano, mas norma recente passou a proteger os espaços de galerias, que sofrem com obstruções, colocando em risco a livre circulação de pedestres.
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