Projetar arquitetura, construir cidades: propositiva urbanística das escolas do Convênio Escolar
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2025.230685Palavras-chave:
Arquitetura, equipamentos sociais, políticas públicasResumo
Este artigo investiga a interação entre espaços educacionais e a cidade, com ênfase nas escolas construídas pela segunda fase do "Convênio Escolar" em São Paulo, entre os 1950 e 1960. O objetivo principal é compreender a propositiva urbanística desses edifícios, que, ao combinar arquitetura e um projeto político-pedagógico, buscaram modernizar o ambiente escolar e expandir seu papel como agente de coesão social e de transformação urbana. A metodologia adotada inclui a análise de estudos de caso fundamentados em revisões bibliográficas e utilização de leituras cartográficas, considerando as escalas do bairro, lote e edifício. Os resultados destacam que essas escolas do Convênio atuaram como intervenções no tecido urbano paulistano, promovendo serviços públicos e integração comunitária para fortalecimento das relações sociais, além de representar inovações no âmbito político-pedagógico através de suas arquiteturas.
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