Chico de Oliveira, intérprete do Brasil: especificidade, exceção e acumulação primitiva na formação social
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2025.240022Palavras-chave:
Francisco de OliveiraResumo
Maria Célia Paoli tem uma definição muito interessante e acurada da tarefa da crítica que a obra de Chico de Oliveira representa: Não mais e não ainda - que é uma expressão da Hannah Arendt e que também pode encontrar uma versão semelhante em Gramsci, “o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer”. Na homenagem de entrega da cidadania paulistana a Chico, apontava a amiga que seu pensamento “diante da ruptura do presente, este espaço (do não mais e não ainda), exige passar pelo risco de ousar retomar os fios do pensamento de outro modo, com imaginação atenta e rigor crítico.” (Paoli, 2006, pg. 133). Chico nunca se furtou a pensar o seu tempo; e de forma inquieta e inquietante, analisou seu tempo, construiu e reconstruiu categorias analíticas que pudessem ajudar a decifrar este enigma chamado Brasil que ele condensou numa imagem tão forte quanto desafiadora: o ornitorrinco.
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