A instituição Obras Contra as Secas e o planejamento regional no semiárido do Brasil (1909-1945)
DOI :
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.203768Mots-clés :
Obras Contra as Secas, Planejamento Regional, Semiárido do BrasilRésumé
Estuda as ações da instituição Obras Contra as Secas no semiárido do Brasil entre os anos de 1909 e 1945. Analisa o papel da OCS enquanto agência estatal de planejamento regional das zonas secas do país. Observa que, desde sua criação, o órgão tinha um projeto de modernização econômica e social para os chamados sertões do Norte, baseado na construção sistêmica e articulada de infraestruturas hídricas e viárias que fossem capazes de fomentar a agricultura irrigada e fixar a população sertaneja à terra. Como resultado, a agência planejou e construiu grandes barragens, canais de irrigação, acampamentos de obra, vilas operárias, colônias agrícolas, ferrovias, rodovias, aeroportos. Por fim, aponta que a OCS foi uma das primeiras instituições estatais a pensar o desenvolvimento integrado de uma região brasileira.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ADERNE, S. Açude Piranhas. Revista Polytechnica, n.121, jan-mar 1936.
ALBUQUERQUE JUNIOR, D. M. Falas de astúcia e de angústia: a seca no imaginário nordestino – de problema à solução (1877-1922). Dissertação (Mestrado). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UNICAMP. Campinas, 1988.
ALBUQUERQUE JUNIOR, D. M. O engenho anti-moderno: a invenção do Nordeste e outras artes. Tese (Doutorado). Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UNICAMP. Campinas, 1994.
ALMEIDA, J. A. Ciclo revolucionário do Ministério da Viação. 2ed. João Pessoa: Fundação Casa de José Américo, 1982.
ARAÚJO, M. Z. T. O desenvolvimento sustentável das regiões semiáridas do Brasil e dos Estados Unidos: o papel do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e do United States Bureau of Reclamation (USBR). Dissertação (Mestrado). Mestrado Profissional em Gestão de Recursos Hídricos, UFC. Fortaleza, 2013.
BRASIL. Decreto nº 13.687, de 09 de julho de 1919. Approva o regulamento para a Inspectoria Federal de Obras contra as Seccas. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 13 jul. 1919a.
BRASIL. Decreto nº 3.965, de 25 de dezembro de 1919. Autoriza a construcção de obras necessarias á irrigação de terras cultivaveis no nordeste brasileiro e dá outras providencias. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 27 dez. 1919b.
BRASIL. Decreto nº 14.102, de 17 de março de 1920. Approva o regulamento para a Caixa Especial das Obras de Irrigação de terras cultivaveis no Nordeste Brasileiro. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 31 mar. 1920.
BRASIL. Decreto nº 19.726, de 20 de fevereiro de 1931. Aprova o regulamento da Inspetoria Federal de Obras contra as Secas. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 28 fev. 1931.
BRASIL. Ministério da Viação e Obras Públicas. Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Comissão Brasileira dos Centenários de Portugal. Rio de Janeiro, 1940.
BRAZIL. Decreto nº 7.619, de 21 de outubro de 1909. Approva o regulamento para organização dos serviços contra os effeitos das secas. Diário Oficial da União, Rio de Janeiro, 08 jan. 1910.
BROSE, M. E. (org.). TVA e instituições de desenvolvimento regional: contribuição para a história das ideias. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2015.
BURITI, C. O.; BARBOSA, H. A. Um século de secas: por que as políticas hídricas não transformaram o semiárido brasileiro? São Paulo: Chiado, 2018.
CASTRO, J. Geografia da fome. 9ed. São Paulo: Brasiliense, 1965.
CHIQUITO, E. A. A Comissão Interestadual da Bacia Paraná-Uruguai: do planejamento de vale aos polos de desenvolvimento. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, IAU/USP. São Carlos, 2011.
DAVIS, M. Holocaustos coloniais: clima, fome e imperialismo na formação do Terceiro Mundo. Rio de Janeiro: Record, 2002.
DNOCS. (1947). Relatório dos trabalhos realizados no ano de 1945. Rio de Janeiro: MVOP, 1947.
FARIAS, H. T. M. Contra as secas: a engenharia e as origens de um planejamento territorial no nordeste brasileiro (1877-1938). Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, UFRN. Natal, 2008.
FERREIRA, A. L. A.; DANTAS, G. A. F. Os “indesejáveis” na cidade: as representações dos retirantes da seca (Natal, 1890-1930). Scripta Nova, Barcelona, n.94 2001.
FERREIRA, A. L. A.; DANTAS, G. A. F.; SIMONINI, Y. (org.). Contra as secas: técnica, natureza e território. Rio de Janeiro: Letra Capital/INCT/Observatório das Metrópoles, 2018.
FURTADO, C. O Nordeste e a saga da SUDENE, 1958-1964. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009a.
FURTADO, C[et al.]. O pensamento de Celso Furtado e o Nordeste hoje. Rio de Janeiro: Contraponto, 2009b.
HALL, P. Cidades do amanhã. São Paulo: Perspectiva, 2002.
IFOCS. Introdução ao relatório dos trabalhos executados no anno de 1922. Rio de Janeiro: MVOP, 1923.
IFOCS. Relatório dos trabalhos executados durante o anno de 1922. Rio de Janeiro: MVOP, 1924a.
IFOCS. Relatório dos trabalhos executados durante o anno de 1923. Rio de Janeiro: MVOP, 1924b.
IFOCS. Relatório dos trabalhos executados durante o anno de 1921. Rio de Janeiro: MVOP, 1924c.
IFOCS. Relatório dos trabalhos executados durante o anno de 1920. Rio de Janeiro: MVOP, 1925a.
IFOCS. Relatório dos trabalhos executados durante o anno de 1924. Rio de Janeiro: MVOP, 1925b.
IFOCS. Relatório dos trabalhos realizados no trienio 1931-1933. v.1. Fortaleza: Tipografia Minerva, 1934.
IFOCS. Boletim da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Rio de Janeiro, v.3, n.6, jun. 1935.
IFOCS. Relatório dos trabalhos realizados no anno de 1936. Rio de Janeiro: MVOP, 1937.
IFOCS. Relatório dos trabalhos realizados no anno de 1937. Rio de Janeiro: MVOP, 1938.
IFOCS. Relatório dos trabalhos realizados no ano de 1938. Rio de Janeiro: MVOP, 1939.
IFOCS. Boletim da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Rio de Janeiro, v.13, n.12, abr-jun. 1940.
LILIENTHAL, D. TVA: a democracia em marcha. 2ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
LISBOA, M. A. R. O problema das secas. In: Separata do Boletim do DNOCS, Rio de Janeiro, n.6, v.20, nov. 1959.
MACY, C.; BONNEMAISON, S. Architecture and nature: creating the american landscape. London/New York: Taylor & Francis, 2003.
MORAES, J. C. T. B. (org.). 500 anos de engenharia no Brasil. São Paulo: EDUSP, 2005.
OLIVEIRA, F. Elegia para uma re(li)gião. 3ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
PAULA, E. H. C.; GOUVEIA NETO, A.; ARAÚJO, H. S. Dados sobre a evolução das despesas do DNOCS. DNOCS, 1989.
PEREIRA, M. S. Os correios e telégrafos no Brasil: um patrimônio histórico e arquitetônico. São Paulo: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, 1999.
PESSOA, J. C. C. P. Planificação e principais realizações do DNOCS no polígono das sêcas. Rio de Janeiro: DNOCS, 1959.
SEIS mil cento e quarenta e cinco kilometros pelo nordeste brasileiro. Illustração Brasileira, Rio de Janeiro, n.25, 7 set. 1922a.
SEIS mil cento e quarenta e cinco kilometros pelo nordeste brasileiro. Illustração Brasileira, Rio de Janeiro, n.26, 12 out. 1922b.
VARGAS, G. (1933). A nova política do Brasil II: o ano de 1932, a revolução e o Norte. Rio de Janeiro: José Olympio.
VIANNA, M. P. Da edificação ao traçado urbano: a experiência do planejamento regional integrado na CESP. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, IAU/USP. São Carlos, 2012.
VILLA, M. A. Vida e morte no sertão: história das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX. São Paulo: Ática, 2000.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Marcus Vinicius Dantas de Queiroz 2024
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).