A morte no contexto hospitalar: as equipes de reanimação cardíaca

Autores

  • Nájela Hassan Saloum Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem Geral e Especializada
  • Magali Roseira Boemer Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto; Departamento de Enfermagem Geral e Especializada

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-11691999000500014

Palavras-chave:

morte, equipes de reanimação, saúde do trabalhador

Resumo

A autora investigou o significado do trabalho cotidiano com a morte sob a perspectiva dos profissionais que integram uma equipe de reanimação cárdio-pulmonar de um Hospital Universitário. Pertencer a esta equipe implica em uma forma de lidar com a morte com a intenção explícita de revertê-la. A literatura vem evidenciando a preocupação de diferentes autores com o cotidiano profissional dessa natureza, dada sua tendência ao desgaste das pessoas. O estudo foi conduzido segundo a metodologia de investigação fenomenológica; foram realizadas entrevistas com todos os integrantes da referida equipe, utilizando a gravação. Os dados analisados evidenciam que os profissionais percebem o trabalho sob uma perspectiva funcionalista, onde o tempo se revela como fator determinante na luta contra a morte; é um trabalho permeado pelo sucesso/insucesso e por dificuldades; gera uma postura de onipotência/impotência e requer um enfrentamento. Evidenciam também desgaste, sentimentos de impotência e fracasso quando a reanimação não é possível. Referendam ainda o alerta mundial de se atentar para cotidianos de trabalho desgastantes e de que as escolas e instituições de saúde implementem canais para elaboração dessa forma de desgaste e para o redimensionamento do papel do profissional de saúde.

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Publicado

1999-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A morte no contexto hospitalar: as equipes de reanimação cardíaca. (1999). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 7(5), 109-120. https://doi.org/10.1590/S0104-11691999000500014