Carga alostática e companhia canina
um estudo comparativo utilizando biomarcadores em idosos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.2755.3071Palavras-chave:
Idoso, Acompanhamento Canino, Carga Alostática, Biomarcadores, Cortisol, EstressoresResumo
Objetivo: comparar os biomarcadores e o nível de carga alostática em uma amostra de idosos com e sem companhia canina. Método: estudo descritivo e comparativo. Os dados foram coletados por meio de uma ficha sociodemográfica e uma amostra de sangue em jejum. A carga alostática incluiu 11 biomarcadores que são mediadores primários e secundários de estresse, os quais são resultantes dos sistemas: neuroendócrino, imune, metabólico, cardiovascular e antropométrico. Resultados: houve diferença significativa em dois biomarcadores: cortisol (t= -3,091; gl=104; p=0,003) e colesterol total (t= -2,566; gl=104; p=0,012), no nível de carga alostática entre os idosos com e sem companhia canina (U= 1714,00; Z= 2,01; p= 0,044). Ao associar o nível de carga alostática com a companhia canina, houve uma maior frequência de idosos com baixa carga alostática naqueles que têm companhia canina, em comparação com aqueles que não têm a companhia canina (c2= 3,69; gl=1; p=0,043). Conclusão: a companhia canina interfere na saúde de maneira positiva, pois a carga alostática dos idosos que têm um cão como companhia é menor, além de apresentarem uma concentração menor de cortisol e de colesterol total.