Níveis pressóricos elevados e risco cardiovascular entre indígenas Munduruku
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.4970.3477Palavras-chave:
Fatores de Risco, Pré-Hipertensão, Hipertensão, Doenças Cardiovasculares, Povos Indígenas, Pesquisa em EnfermagemResumo
Objetivo: identificar os fatores de risco associados à préhipertensão e hipertensão arterial entre indígenas Munduruku da Amazônia brasileira. Método: estudo transversal realizado com 459 indígenas Munduruku selecionados por meio de amostragem aleatória estratificada. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas, hábitos e estilos de vida, dados antropométricos, glicemia de jejum e perfis lipídicos. Utilizou-se aparelho automático calibrado e validado para medir a pressão arterial. As análises dos dados coletados foram realizadas pelo software R versão 3.5.1. Para as variáveis contínuas, utilizou-se o teste Kruskall-Wallis; para as categóricas, o Exato de Fischer. Considerou-se nível de significância de 5% e valor p≤0,05. Resultados: a prevalência de níveis pressóricos alterados foi de 10,2% para valores sugestivos de hipertensão e de 4,1% para pré-hipertensão. O risco de pré-hipertensão entre indígenas associou-se a ser do sexo masculino (OR=1,65; IC95% 0,65-4,21) e ter circunferência da cintura aumentada substancialmente (OR=7,82; IC95% 1,80-34,04). Quanto ao risco para hipertensão arterial, associou-se à idade (OR=1,09; IC95% 1,06-1,12), à circunferência da cintura aumentada (OR=3,89; IC95% 1,43-10,54) e à circunferência da cintura aumentada substancialmente (OR=5,46; IC95% 1,78-16,75). Conclusão: entre indígenas Munduruku, os homens estavam mais vulneráveis para desenvolver hipertensão; a idade e a circunferência da cintura aumentada mostraram-se como fortes fatores de risco cardiovascular.
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