Transferência e psicoterapia de grupo

Autores

  • Luiz Paulo de C. Bechelli Université Claude Bernard
  • Manoel Antônio dos Santos Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-11692006000100015

Palavras-chave:

psicoterapia de grupo, terapêutica, saúde mental

Resumo

No presente estudo, examinamos o conceito de transferência, focalizando suas peculiaridades no contexto grupal. A natureza da situação terapêutica e a ampla liberdade proporcionada ao paciente para abordar o material inconsciente, de acordo com seu próprio ritmo e dentro de um ambiente seguro e sem censura, estimula o estabelecimento gradual da transferência. Devido ao mecanismo de deslocamento, o psicoterapeuta e os participantes do grupo são percebidos não como são, com seus atributos reais, mas como objetos que suscitam emoções oriundas do mundo infantil, mais precisamente do acervo de influências afetivas profundas. Uma peculiaridade da situação de grupo em comparação com a psicoterapia individual é que, naquela modalidade, coexistem múltiplas transferências que os membros do grupo estabelecem entre si, potencializando uma gama de possibilidades de sentimentos. Ambas as modalidades guardam em comum o pressuposto de que os conflitos psíquicos que impeliram o paciente à busca de ajuda podem ser reduzidos ou mesmo suprimidos mediante a interpretação e a elaboração da transferência, que funcionam como procedimentos para a mudança no decorrer do processo terapêutico.

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Publicado

2006-02-01

Edição

Seção

Artigos de Revisão

Como Citar

Transferência e psicoterapia de grupo. (2006). Revista Latino-Americana De Enfermagem, 14(1), 110-117. https://doi.org/10.1590/S0104-11692006000100015