Disponibilidade, acesso e práticas alimentares associados à desnutrição em crianças com menos de 24 meses em Moçambique
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.7366.4603Palavras-chave:
Nutrição da Criança; Desnutrição; Aleitamento Materno; Segurança Alimentar; Produção de Alimentos; Práticas AlimentaresResumo
Objetivo: analisar a associação da desnutrição com a disponibilidade, o acesso e as práticas alimentares de crianças com menos de 24 meses em Mouha, Moçambique. Método: estudo observacional do tipo transversal analítico, com amostra de 284 crianças com menos de 24 meses, cujos chefes de família e mães ou responsáveis pela alimentação da criança responderam, no domicílio, a formulários estruturados. Utilizaram-se modelos log-lineares multinominais para verificar a associação das variáveis preditoras com indicadores antropométricos de desnutrição. Resultados: foi observado que menos de um terço das crianças estava livre da desnutrição. Apenas 23% das crianças apresentaram adequação alimentar que atendia a todos os critérios para sua faixa etária, a qual foi negativamente associada a desnutrição aguda e crônica grave; 67% das crianças recebiam aleitamento materno exclusivo, e a prevalência de aleitamento continuado ocorria entre 88% e 95%. A existência de reserva alimentar foi fator protetor à desnutrição crônica em todos os graus, confirmada pela prática de agricultura e pela diversidade de animais criados. O problema alimentar esteve associado a desnutrição aguda e crônica nas crianças maiores de um ano. Conclusão: a desnutrição de crianças com menos de 24 meses associa-se à adequação alimentar, à disponibilidade dos alimentos para o consumo e ao acesso a eles.
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