Disponibilidade, acesso e práticas alimentares associados à desnutrição em crianças com menos de 24 meses em Moçambique

Autores

  • Florência Custódio Mondlane Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-3112-0318
  • Lara Morena Cardeal Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Brasil. Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Botucatu, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1640-2939
  • Rogério António de Oliveira Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Botucatu, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7568-748X
  • Maria Rita Marques de Oliveira Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Botucatu, SP, Brasil. Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1226-4364

DOI:

https://doi.org/10.1590/1518-8345.7366.4603

Palavras-chave:

Nutrição da Criança; Desnutrição; Aleitamento Materno; Segurança Alimentar; Produção de Alimentos; Práticas Alimentares

Resumo

Objetivo: analisar a associação da desnutrição com a disponibilidade, o acesso e as práticas alimentares de crianças com menos de 24 meses em Mouha, Moçambique. Método: estudo observacional do tipo transversal analítico, com amostra de 284 crianças com menos de 24 meses, cujos chefes de família e mães ou responsáveis pela alimentação da criança responderam, no domicílio, a formulários estruturados. Utilizaram-se modelos log-lineares multinominais para verificar a associação das variáveis preditoras com indicadores antropométricos de desnutrição. Resultados: foi observado que menos de um terço das crianças estava livre da desnutrição. Apenas 23% das crianças apresentaram adequação alimentar que atendia a todos os critérios para sua faixa etária, a qual foi negativamente associada a desnutrição aguda e crônica grave; 67% das crianças recebiam aleitamento materno exclusivo, e a prevalência de aleitamento continuado ocorria entre 88% e 95%. A existência de reserva alimentar foi fator protetor à desnutrição crônica em todos os graus, confirmada pela prática de agricultura e pela diversidade de animais criados. O problema alimentar esteve associado a desnutrição aguda e crônica nas crianças maiores de um ano. Conclusão: a desnutrição de crianças com menos de 24 meses associa-se à adequação alimentar, à disponibilidade dos alimentos para o consumo e ao acesso a eles.

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Publicado

2025-11-03

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Mondlane, F. C., Cardeal, L. M., Oliveira, R. A. de, & Oliveira, M. R. M. de. (2025). Disponibilidade, acesso e práticas alimentares associados à desnutrição em crianças com menos de 24 meses em Moçambique. Revista Latino-Americana De Enfermagem, 33, e4603. https://doi.org/10.1590/1518-8345.7366.4603