Apoio institucional e matricial e sua relação com o cuidado na atenção básica à saúde

Autores

  • Alaneir de Fátima dos Santos Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Antônio Thomaz Gonzaga da Matta Machado Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Clarice Magalhães Rodrigues dos Reis Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Daisy Maria Xavier Abreu Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Lucas Henrique Lobato de Araújo Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Simone Cristina Rodrigues Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Ângela Maria de Lourdes Dayrell de Lima Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Alzira de Oliveira Jorge Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Délcio Fonseca Sobrinho Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005519

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, organização & administração, Apoio ao Planejamento em Saúde, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO Analisar se o grau de apoio institucional e matricial está associado à melhor certificação das equipes da atenção básica à saúde.MÉTODOS Neste estudo transversal analisamos dois tipos de apoio na atenção básica, sendo que 14.489 equipes receberam apoio institucional e 14.306 equipes receberam apoio matricial. Foram aplicados modelos de regressão logística. No de apoio institucional, a variável independente foi grau de apoio (calculado pelo somatório de atividades de apoio das duas modalidades), enquanto no de apoio matricial, as variáveis independentes foram as atividades de apoio. A análise multivariada considerou variáveis que apresentaram p < 0,20. O ajuste do modelo foi realizado pelo teste de Hosmer-Lemeshow.RESULTADOS As equipes contavam com atividades de apoio institucional e matricial em 84,0% e 85,0%, respectivamente, sendo que 55,0% realizavam entre seis e oito atividades. Para o apoio institucional, observamos chances de 1,96 e 3,77 de possuir certificação ótima ou boa quando as equipes possuíam médio e alto grau de apoio, respectivamente. Para o apoio matricial, as chances de possuir certificação ótima ou boa foram de 1,79 e 3,29, respectivamente. Quanto à associação entre atividades de apoio institucional e a certificação, a certificação ótima ou boa associou-se positivamente com autoavaliação (OR = 1,95), educação permanente (OR = 1,43), avaliação compartilhada (OR = 1,40) e monitoramento e avaliação de indicadores (OR = 1,37). Quanto ao apoio matricial, a certificação ótima ou boa associou-se positivamente com educação permanente (OR = 1,50), intervenções no território (OR = 1,30) e discussão nos processos de trabalho (OR = 1,23).CONCLUSÕES No Brasil, as atividades de apoio estão sendo incorporadas na atenção básica, existindo associação entre o grau de apoio tanto matricial quanto institucional e o resultado da certificação.

Publicado

2015-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Santos, A. de F. dos, Machado, A. T. G. da M., Reis, C. M. R. dos, Abreu, D. M. X., Araújo, L. H. L. de, Rodrigues, S. C., Lima, Ângela M. de L. D. de, Jorge, A. de O., & Fonseca Sobrinho, D. (2015). Apoio institucional e matricial e sua relação com o cuidado na atenção básica à saúde. Revista De Saúde Pública, 49, 54. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005519