Gênero na alocação de órgãos no transplante renal: metanálise

Autores

  • Erika Vieira Almeida e Santiago Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmácia
  • Micheline Rosa Silveira Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmácia
  • Vânia Eloisa de Araújo Universidade Católica de Minas Gerais; Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde. Pontifícia; Departamento de Odontologia
  • Katia de Paula Farah Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Clínica Médica
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmácia
  • Maria das Graças Braga Ceccato Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmácia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005822

Palavras-chave:

Transplante de Rim, Distribuição por Sexo, Gênero e Saúde, Prognóstico, Metanálise

Resumo

OBJETIVO Analisar se o gênero influencia os resultados da sobrevida do enxerto e do paciente no transplante renal.MÉTODOS Revisão sistemática com metanálise de estudos de coorte disponíveis nas bases de dados Medline (PubMed), Lilacs, Central e Embase, incluindo busca manual e na literatura cinzenta. A seleção dos estudos e a coleta dos dados foram realizadas em duplicata por revisores independentes e as discordâncias foram resolvidas por um terceiro revisor. A sobrevida do enxerto e do paciente foram avaliadas como medidas de efetividade. A metanálise foi conduzida no softwareReview Manager® 5.2, aplicando o modelo de efeitos aleatórios. Foram avaliadas as comparações entre gênero de receptor, doador e doador-receptor.RESULTADOS Foram incluídos 29 estudos envolvendo 765.753 pacientes. Em relação à sobrevida do enxerto, aqueles provenientes de doadores masculinos apresentaram maior sobrevida quando comparado com aqueles de doadores femininos, somente no tempo de acompanhamento de 10 anos. A comparação entre gênero de receptor não apresentou diferença significativa em nenhum tempo de acompanhamento avaliado. Na avaliação entre gênero de doador-receptor houve favorecimento estatisticamente significante para doador masculino-receptor masculino. Não houve diferença, estatisticamente significante, na sobrevida do paciente para as comparações entre gênero em todos os períodos de acompanhamento avaliados.CONCLUSÕES A análise quantitativa dos estudos sugere que o gênero do doador ou do receptor, avaliado isoladamente, não influencia na sobrevida do enxerto e paciente. Contudo, a combinação entre gênero de doador-receptor pode ser fator determinante para a sobrevida do enxerto.

Publicado

2015-01-01

Edição

Seção

Revisão

Como Citar

Santiago, E. V. A. e, Silveira, M. R., Araújo, V. E. de, Farah, K. de P., Acurcio, F. de A., & Ceccato, M. das G. B. (2015). Gênero na alocação de órgãos no transplante renal: metanálise. Revista De Saúde Pública, 49, 68. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049005822