Vulnerabilidade à transmissão da leishmaniose visceral humana em área urbana brasileira

Autores

  • Celina Roma Sánchez de Toledo Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
  • Andréa Sobral de Almeida Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Endemias Samuel Pessoa
  • Sergio Augusto de Miranda Chaves Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Endemias Samuel Pessoa
  • Paulo Chagastelles Sabroza Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Endemias Samuel Pessoa
  • Luciano Medeiros Toledo Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública; Departamento de Endemias Samuel Pessoa
  • Jefferson Pereira Caldas Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006532

Palavras-chave:

Leishmaniose Visceral, epidemiologia, Vulnerabilidade em Saúde, Fatores Socioeconômicos, Estudos Ecológicos

Resumo

OBJETIVO Analisar determinantes para a ocorrência da leishmaniose visceral humana vinculados às condições de vulnerabilidade. MÉTODOS Estudo ecológico, cuja unidade de análise espacial foi a Unidade de Análise Territorial em Araguaína, TO, de 2007 a 2012. Foi realizada análise da situação sociodemográfica e de infraestrutura urbana no município. Indicadores primários normalizados foram calculados e utilizados na construção de indicadores de vulnerabilidade de estrutura social, de estrutura domiciliar e de infraestrutura urbana. A partir deles, foi composto um índice de vulnerabilidade. A estimativa de Kernel foi utilizada para avaliar a densidade de casos de leishmaniose visceral humana, com base nas coordenadas dos casos. O I-Moran Global Bivariado foi empregado para verificar a existência de autocorrelação espacial entre a incidência de leishmaniose visceral humana e os indicadores e índice de vulnerabilidade. I-Moran Local Bivariado foi utilizado para identificar clusters espaciais. RESULTADOS Foi observado um padrão de disseminação centrífuga da leishmaniose visceral humana no município, em que surtos da doença atingiram progressivamente áreas centrais e periurbanas. Houve correlação entre maiores incidências de leishmaniose visceral humana e piores condições de vida. Foram observados clusters estatisticamente significativos entre as incidências de leishmaniose visceral humana nos dois períodos analisados (2007 a 2009 e 2010 a 2012) e os indicadores e índice de vulnerabilidade. CONCLUSÕES O ambiente em áreas circunscritas contribui como fator de proteção ou aumenta a vulnerabilidade local à ocorrência de leishmaniose visceral humana. O uso de metodologia que analisa as condições de vida da população e distribuição espacial da leishmaniose visceral humana é essencial na identificação de áreas mais vulneráveis à disseminação/manutenção da doença.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Toledo, C. R. S. de, Almeida, A. S. de, Chaves, S. A. de M., Sabroza, P. C., Toledo, L. M., & Caldas, J. P. (2017). Vulnerabilidade à transmissão da leishmaniose visceral humana em área urbana brasileira. Revista De Saúde Pública, 51, 49. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006532