Análise da distribuição espacial de casos da dengue no município do Rio de Janeiro, 2011 e 2012

Autores

  • Silvia Carvalho Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro; Subsecretaria de Vigilância em Saúde; Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saude
  • Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Roberto de Andrade Medronho Universidade Federal do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051006239

Palavras-chave:

Dengue, epidemiologia, Análise Espacial, Sistemas de Informação Geográfica, Sistemas de Informação em Saúde

Resumo

OBJETIVO Analisar a distribuição espacial dos casos de dengue clássico e dengue grave no município do Rio de Janeiro. MÉTODOS Estudo exploratório, considerando casos de dengue clássico e de dengue grave com comprovação laboratorial da infecção, ocorridos no município do Rio de Janeiro nos anos de 2011/2012. Foi aplicada a técnica de georreferenciamento dos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2011 e 2012. Para esse processo, utilizaram-se os campos “logradouro” e “número”. Foi realizado o processo automático da ferramenta Geocoding do programa ArcGis10. A análise espacial foi feita a partir do estimador de densidade Kernel. RESULTADOS A densidade de Kernel apontou áreas quentes para dengue clássico não coincidente geograficamente a dengue grave, estando localizadas dentro ou próximas de favelas. O cálculo da razão de Kernel não apresentou modificação significativa no padrão de distribuição espacial observados na análise da densidade de Kernel. O processo de georreferenciamento mostrou perda de 41% dos registros de dengue clássico e 17% de dengue grave devido ao endereçamento da ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. CONCLUSÕES As áreas quentes próximas às favelas sugerem que a vulnerabilidade social existente nessas localidades pode ser um fator de influência para a ocorrência desse agravo, uma vez que há deficiência da oferta e acesso a bens e serviços essenciais para a população. Para diminuir essa vulnerabilidade, as intervenções devem estar relacionadas a políticas macroeconômicas.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carvalho, S., Magalhães, M. de A. F. M., & Medronho, R. de A. (2017). Análise da distribuição espacial de casos da dengue no município do Rio de Janeiro, 2011 e 2012. Revista De Saúde Pública, 51, 79. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051006239