Experimentação de substâncias psicoativas por estudantes de escolas públicas

Autores

  • Maria Eliane de Andrade Universidade Tiradentes
  • Igor Henrique Farias Santos Universidade Tiradentes; Departamento de Psicologia
  • Antônio Araújo Menezes de Souza Universidade Tiradentes; Departamento de Enfermagem
  • Aliane Caroline Santos Silva Universidade Tiradentes; Departamento de Enfermagem
  • Tatiane dos Santos Leite Universidade Tiradentes; Departamento de Enfermagem
  • Cristiane Costa da Cunha Oliveira Universidade Tiradentes
  • Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior Universidade Tiradentes

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051006929

Palavras-chave:

Adolescente, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, epidemiologia, Fatores de Risco, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO Analisar a prevalência de exposição a substâncias psicoativas em estudantes do ensino básico de escolas públicas e sua associação com características sociodemográficas. MÉTODOS Trata-se de um inquérito transversal realizado de março a setembro de 2015, envolvendo 1.009 alunos do ensino fundamental e médio em 20 escolas públicas de Aracaju, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro. Os dados foram compilados por meio de questionários aplicados anteriormente em estudos nacionais do Centro Brasileiro de Drogas Psicotrópicas. As variáveis foram dicotomizadas para posterior regressão logística com aplicação do teste Qui-quadrado para analisar associações entre a experimentação de substâncias psicoativas e outras variáveis sociodemográficas, e calculada a razão de chances e seus intervalos de confiança. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS Identificamos que 69,6% dos estudantes têm experimentado álcool e 12,4% cigarro. A idade dos alunos (≥ 15 anos) mostrou associação significativa com a experimentação de álcool (p < 0,001) e cigarros (p = 0,02), atuando como fator de risco em ambos os casos (OR = 2,34 e 1,78, respectivamente), mas atuando como fator de proteção para o uso de inalantes (p = 0,03 e OR = 0,58) e remédios para emagrecer (p = 0,006 e OR = 0,44). A prática religiosa apresentou associação significativa com a experimentação de álcool (p = 0,01), funcionando como um fator de proteção (OR = 0,56). CONCLUSÕES Conclui-se que a substância psicoativa mais experimentada pelos estudantes foi o álcool, seguida do cigarro, e que a chance de experimentação aumenta a partir dos 15 anos. A prática religiosa, por sua vez, atua como fator de proteção à experimentação do álcool.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Andrade, M. E. de, Santos, I. H. F., Souza, A. A. M. de, Silva, A. C. S., Leite, T. dos S., Oliveira, C. C. da C., & Albuquerque Júnior, R. L. C. de. (2017). Experimentação de substâncias psicoativas por estudantes de escolas públicas. Revista De Saúde Pública, 51, 82. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2017051006929