Atividades farmacêuticas de natureza clínica na atenção básica no Brasil

Autores

  • Patricia Sodré Araújo Universidade do Estado da Bahia. Curso de Farmácia. Departamento de Ciências da Vida
  • Ediná Alves Costa Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva
  • Augusto Afonso Guerra Junior Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social
  • Ione Aquemi Guibu Santa Casa de São Paulo. Faculdade de Ciências Médicas
  • Juliana Álvares Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Farmácia. Departamento de Farmácia Social
  • Karen Sarmento Costa Universidade Estadual de Campinas. Núcleo de Estudos de Políticas Públicas Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências. Departamento de Saúde Coletiva. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
  • Margô Gomes de Oliveira Karnikowski Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia. Universidade de Brasília
  • Orlando Mario Soeiro Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Faculdade de Ciências Farmacêuticas
  • Silvana Nair Leite Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de Ciências Farmacêuticas

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007109

Palavras-chave:

Farmacêuticos. Atenção Farmacêutica. Assistência Farmacêutica. Atenção Primária à Saúde. Pesquisa sobre Serviços de Saúde. Sistema Único de Saúde

Resumo

OBJETIVO: Caracterizar as atividades de natureza clínica desenvolvidas pelos farmacêuticos nas unidades básicas de saúde e sua participação em atividades educativas de promoção da saúde. MÉTODOS: O artigo integra a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Uso Racional de Medicamentos – Serviços 2015, estudo transversal, exploratório, de natureza avaliativa, composto por levantamento de informações numa amostra representativa de municípios, estratificada pelas regiões do Brasil que constituem domínios do estudo, e sub-amostra de serviços de atenção básica. Os farmacêuticos entrevistados (n = 285) eram responsáveis pela entrega de medicamentos e foram entrevistados pessoalmente com uso de roteiro. A caracterização das atividades de natureza clínica baseou-se em informações dos farmacêuticos que declararam realizá-las, e a participação em atividades educativas e voltadas à promoção da saúde, em informações de todos os farmacêuticos. Os resultados são apresentados em frequência e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Dos entrevistados, 21,3% afirmaram realizar atividades de natureza clínica. Destes, mais de 80% as consideram muito importante; a maioria não dispõe de local específico para realizá-las, prejudicando a privacidade e confidencialidade nessas atividades. As principais denominações foram orientação farmacêutica e atenção farmacêutica. O registro das atividades é feito principalmente em prontuário do usuário, sistema informatizado e documento próprio arquivado na farmácia, o que dificulta a circulação das informações entre os profissionais. A maioria realiza as atividades principalmente em conjunto com médicos e enfermeiros; 24,7% raramente participam de reuniões com a equipe de saúde e 19,7% nunca participou. CONCLUSÕES: As atividades de natureza clínica desempenhadas por farmacêuticos no Brasil ainda são incipientes. As dificuldades encontradas apontam improvisação e esforço dos profissionais. A pequena participação em atividades educativas de promoção da saúde indica pouca integração dos farmacêuticos na equipe de saúde e da assistência farmacêutica nas demais ações de saúde

Publicado

2017-09-22

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Araújo, P. S., Costa, E. A., Guerra Junior, A. A., Acurcio, F. de A., Guibu, I. A., Álvares, J., Costa, K. S., Karnikowski, M. G. de O., Soeiro, O. M., & Leite, S. N. (2017). Atividades farmacêuticas de natureza clínica na atenção básica no Brasil. Revista De Saúde Pública, 51(suppl.2), 6s. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051007109