Os Sistemas de Informação Geográfica em estudo sobre a esquistossomose em Pernambuco

Autores

  • Verônica Santos Barbosa Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães Instituto Aggeu Magalhães. Departamento de Saúde Coletiva. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Rodrigo Moraes Loyo Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães
  • Ricardo José de Paula Souza e Guimarães Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde. Instituto Evandro Chagas
  • Constança Simões Barbosa Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Aggeu Magalhães

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000069

Palavras-chave:

Esquistossomose, epidemiologia. Biomphalaria, parasitologia. Fatores de Risco. Localização Geográfica de Risco. Sistemas de Informação Geográfica, utilização.

Resumo

OBJETIVO: Diagnosticar ambientes de risco para esquistossomose em localidades litorâneas de Pernambuco utilizando técnicas de geoprocessamento. MÉTODOS: Foi realizado inquérito coproscópico e malacológico nas localidades Forte Orange e Serrambi. Foram coletadas variáveis ambientais (temperatura, salinidade, pH, sólidos totais dissolvidos e dosagem de coliformes fecais da água) relacionadas aos criadouros ou focos de Biomphalaria. A análise espacial foi realizada no software ArcGis 10.1, aplicando-se o estimador kernel, mapa de elevação e mapa de distância. RESULTADOS: No Forte Orange, 4,3% da população estava com S. mansoni e existem dois criadouros de B. glabrata e 26 de B. straminea. Os criadouros apresentaram temperaturas de 25ºC a 41ºC, pH de 6,9 a 11,1, sólidos totais dissolvidos de 148 a 661 e salinidade de 1.000 d. Em Serrambi, 4,4% da população estava com S. mansoni e há sete criadouros de B. straminea e sete de B. glabrata. Os criadouros apresentaram temperaturas de 24ºC a 36ºC, pH de 7,1 a 9,8, sólidos totais dissolvidos de 116 a 855 e salinidade de 1.000 d. O estimador de kernel mostra os aglomerados de pacientes positivos e de focos de Biomphalaria, e o mapa de elevação digital indica áreas de concentração de águas pluviais. O mapa de distância mostra a proximidade dos focos dos caramujos em relação às escolas e unidades de saúde. CONCLUSÕES: As técnicas de geoprocessamento se mostraram como importantes ferramentas para a localização e dimensionamento das áreas de risco para esquistossomose, podendo subsidiar as ações de controle por parte dos serviços de saúde.

Publicado

2017-11-27

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Barbosa, V. S., Loyo, R. M., Guimarães, R. J. de P. S. e, & Barbosa, C. S. (2017). Os Sistemas de Informação Geográfica em estudo sobre a esquistossomose em Pernambuco. Revista De Saúde Pública, 51, 107. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2017051000069