Fatores associados à qualidade de vida percebida em adultos mais velhos

ELSI-Brasil

Autores

  • Anita Liberalesso Neri Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Flávia Silva Arbex Borim Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Arlete Portella Fontes Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Dóris Firmino Rabello Universidade do Recôncavo da Bahia. Centro de Ciências da Saúde. Santo Antônio de Jesu
  • Meire Cachioni Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Samila Sathler Tavares Batistoni Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Mônica Sanches Yassuda Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas. Programa de Pós-Graduação em Gerontologia
  • Paulo Roberto Borges de Souza-Júnior Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde
  • Fabiola Bof de Andrade Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Maria Fernanda Lima-Costa Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000613

Palavras-chave:

Idoso, Qualidade de Vida, Autoavaliação, Fatores Socioeconômicos, Redes Comunitárias, Inquéritos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO: Identificar fatores associados à qualidade de vida percebida em amostra nacional representativa da população com 50 anos ou mais. MÉTODOS: Foram utilizados dados de 7.651 participantes da linha de base do ELSI-Brasil, conduzida entre 2015 e 2016. A qualidade de vida percebida foi aferida pela escala CASP-19, considerando-se como boa qualidade de vida percebida o tercil mais alto. As variáveis independentes incluíram características sociodemográficas, mobilidade, solidão, redes sociais, apoio social e participação social. As associações foram testadas por meio de regressão de Poisson multivariada. RESULTADOS: A melhor qualidade de vida percebida apresentou associação positiva e independente com a frequência de encontros com amigos (RP = 1,25 para pelo menos uma vez a cada 2–3 meses e RP = 1,36 para pelo menos uma vez por semana), suporte instrumental dentro de casa, de cônjuge ou companheiro (RP = 1,69) e suporte emocional de outros parentes (RP = 1,45), de filho, nora ou genro (RP = 1,41) e do cônjuge ou companheiro(a) (RP = 1,33). Associações negativas foram observadas para idade igual ou superior a 80 anos (RP = 0,77), escolaridade igual a 4–7 e 8 anos ou mais (RP = 0,78 e 0,75, respectivamente) e dificuldade na mobilidade (RP = 0,83). CONCLUSÕES: Além da idade e da escolaridade, a mobilidade, a sociabilidade e o suporte instrumental e emocional estão associados à qualidade de vida percebida entre adultos mais velhos brasileiros. Essas características devem ser consideradas nas ações visando à promoção da qualidade de vida dessa população.

Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Neri, A. L., Borim, F. S. A., Fontes, A. P., Rabello, D. F., Cachioni, M., Batistoni, S. S. T., Yassuda, M. S., Souza-Júnior, P. R. B. de, Andrade, F. B. de, & Lima-Costa, M. F. (2019). Fatores associados à qualidade de vida percebida em adultos mais velhos: ELSI-Brasil. Revista De Saúde Pública, 52(Suppl 2), 16s. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000613