Perfil da fragilidade em adultos mais velhos brasileiros

ELSI-Brasil

Autores

  • Juliana Mara Andrade Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Yeda Aparecida de Oliveira Duarte Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem
  • Luciana Correia Alves Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Demografia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
  • Flávia Cristina Drumond Andrade University of Illinois at Urbana-Champaign. Kinesiology and Community Health
  • Paulo Roberto de Souza Junior Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnologia em Saúde
  • Maria Fernanda Lima-Costa Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento
  • Fabíola Bof de Andrade Fundação Oswaldo Cruz. Instituto René Rachou. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000616

Palavras-chave:

Idoso, Envelhecimento, Nível de Saúde, Fatores Socioeconômicos, Inquéritos Epidemiológicos

Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de fragilidade e avaliar os fatores associados na população brasileira, não institucionalizada, com 50 anos ou mais. MÉTODOS: As análises foram conduzidas em 8.556 participantes da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), entre 2015 e 2016. A fragilidade foi definida com base em cinco características: perda de peso, fraqueza, redução de velocidade de marcha, exaustão e baixo nível de atividade física. Os participantes com três ou mais características foram classificados como frágeis. As covariáveis incluíram características sociodemográficas e condições de saúde. As análises multivariadas foram realizadas por meio da regressão de Poisson. RESULTADOS: A prevalência de fragilidade foi de 9,0% (IC95% 8,0–10,1) na faixa etária de 50 anos ou mais. Na faixa etária de 60 anos ou mais, a prevalência aumentou para 13,5% (IC95% 11,9–15,3) e atingiu 16,2% (IC95% 14,3–18,3) entre aqueles com 65 anos ou mais. Os fatores associados à maior prevalência de fragilidade foram escolaridade mais baixa, residência sem um companheiro(a), condições de saúde (pior autoavaliação da saúde e duas ou mais doenças crônicas) e limitação para realizar atividades básicas da vida diária. CONCLUSÕES: A prevalência de fragilidade entre brasileiros com 65 anos ou mais é semelhante à observada, na faixa etária correspondente, em países europeus. As piores condições de saúde, a limitação funcional e a baixa escolaridade emergem como os fatores mais fortemente associados à fragilidade nessa população.

Publicado

2019-01-24

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Andrade, J. M., Duarte, Y. A. de O., Alves, L. C., Andrade, F. C. D., Souza Junior, P. R. de, Lima-Costa, M. F., & Andrade, F. B. de. (2019). Perfil da fragilidade em adultos mais velhos brasileiros: ELSI-Brasil. Revista De Saúde Pública, 52(Suppl 2), 17s. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2018052000616