Neoplasias relacionadas ao tabaco: análise de sobrevivência e risco de óbito de dados populacionais de Florianópolis, SC
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2022056003651Palavras-chave:
Tabagismo, Neoplasias, epidemiologia, Análise de Sobrevida, Fatores de Risco, Mortalidade, Modelos de Riscos ProporcionaisResumo
OBJETIVO Estimar a probabilidade de sobrevivência e os fatores prognósticos das neoplasias relacionados ao tabagismo em uma coorte de base populacional. MÉTODOS Trata-se de uma coorte com dados do Registro de Câncer de Base Populacional de Florianópolis, região Sul do Brasil, de 2008 a 2012. Utilizou-se o software Stata 16.0 para estimar as probabilidades de sobrevivência em cinco anos após o diagnóstico, pelo método de Kaplan Meier, e os riscos de óbito, pela regressão de Cox. RESULTADOS Foram incluídos 2.829 registros de câncer relacionados ao tabagismo, mais prevalentes entre pessoas do sexo masculino, com mais de 70 anos, nove anos ou mais de escolaridade, cor branca, com companheiro e diagnóstico metastático. Os agrupamentos mais frequentes foram cólon e reto (28,7%), traqueia, brônquios e pulmões (18,6%) e estômago (11,8%). No acompanhamento, 1.450 foram a óbito. O câncer de pâncreas foi o que apresentou pior probabilidade de sobrevivência (14,3%), seguido pelo câncer de fígado (19,4%). CONCLUSÃO Os fatores de risco para o óbito e as taxas de sobrevivência diferem entre os 13 tipos de câncer relacionados ao tabaco. O diagnóstico precoce e a prevenção primária são estratégias que devem ser aprimoradas para melhorar a sobrevivência e diminuir a carga relacionada a esses tipos de câncer.
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