Padrões de trajetórias de autoavaliação de saúde e fatores associados no ELSA-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2024058005580Palavras-chave:
Trajetórias de Saúde, Autoavaliação de Saúde, Análise de Classes Latentes, BrasilResumo
OBJETIVO: Descrever padrões de trajetórias de autoavaliação de saúde (AAS) e investigar sua associação com fatores sociodemográficos, ocupacionais e de saúde.
MÉTODOS: Amostra composta por 7.738 servidores públicos ativos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil) avaliados entre 2008 e 2020. Utilizando-se a curva de crescimento de classe latente, foram definidos os padrões de trajetórias da AAS, obtidos em 11 pontos no tempo. Modelos logísticos multinomiais foram testados para analisar associações entre as exposições e os padrões de trajetórias de AAS.
RESULTADOS: Três padrões de trajetórias de AAS emergiram: i- boa, ii- regular e iii-ruim (29%, 61% e 10% dos participantes, respectivamente). Após ajustes, tiveram maiores chances de serem classificados com padrões de trajetória de AAS ruim, comparado à boa, o sexo feminino, a raça/cor autorreferida parda, referir frequente conflito do trabalho para a família ou da família para o trabalho. Além disso, os fatores associados a maiores chances de apresentar padrão de trajetória de AAS ruim ou regular, comparados à boa, foram escolaridade até o ensino médio, menor renda, trabalho passivo, alto desgaste no trabalho, baixo apoio social, ocupação manual, percepção de escassez de tempo para o autocuidado e lazer, ter sobrepeso ou obesidade, um estilo de vida não saudável e comorbidades.
CONCLUSÃO: Condições socioeconômicas e ocupacionais adversas, estilo de vida não saudável e comorbidades foram associadas ao pior padrão de trajetórias de AAS.
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