Estratégias mercadológicas da indústria farmacêutica e o consumo de medicamentos

Autores

  • José Augusto C. Barros Universidade Federal de Pernambuco; Centro de Ciências da Saúde; Departamento de Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101983000500003

Palavras-chave:

Medicamentos^i1^scons, Propaganda, Indústria farmacêutica

Resumo

Dentro do processo de ampliação crescente do âmbito de intervenção da Medicina (a chamada "medicalização"), o uso abusivo de medicamentos industrializados assume papel de destaque. Entre as diversas práticas mercadológicas de que a Indústria Farmacêutica se vale para incrementar os seus lucros - via estímulo ao consumo - sobressai-se a propaganda, particularmente junto ao médico. A despeito da automedicação, dependente, por sua vez, em grande parte, da influência inclusive "legitimadora" do médico, é sobre esse profissional que recai, direta ou indiretamente, através da prescrição medicamentosa, a responsibilidade por ação significativa do consumo. Propõe-se, com base em diversos estudos já realizados, a análise crítica do papel da propaganda, com ênfase no papel do propagandista de laboratório e na sua eficácia como instrumento preferencial de que lançam mão os produtores de medicamentos para influenciar os hábitos de prescrição dos médicos, dirigindo-os prioritariamente à satisfação dos interesses dos produtores, em detrimento daqueles dos consumidores.

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Publicado

1983-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Barros, J. A. C. (1983). Estratégias mercadológicas da indústria farmacêutica e o consumo de medicamentos . Revista De Saúde Pública, 17(5), 377-386. https://doi.org/10.1590/S0034-89101983000500003