Esterilização feminina: liberdade e opressão

Autores

  • Carmen Barroso Fundação Carlos Chagas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101984000200009

Palavras-chave:

Esterilização feminina, Planejamento familiar, Contracepção, Saúde da mulher

Resumo

É mostrado que a esterilização feminina tem aumentado extraordinariamente nos últimos anos no Brasil. Em alguns Estados do Nordeste, este é o meio anticoncepcional mais comumente usado, sendo os hospitais estaduais e municipais e o Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS) os principais fornecedores. Entretanto, em que pese haver numerosos abusos praticados, de esterilizações realizadas sem o consentimento consciente da mulher, é provável que grande parte das esterilizações tenha sido solicitada pelas clientes, mas dentro de um conjunto de alternativas que elas individualmente são impotentes para alterar. Estas alternativas decorrem de determinantes sociais: posição desvantajosa da mulher na família e no mercado de trabalho, a cultura patriarcal, a política de mercantilização da saúde e a política demográfica.

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Publicado

1984-04-01

Edição

Seção

Atualidades

Como Citar

Barroso, C. (1984). Esterilização feminina: liberdade e opressão . Revista De Saúde Pública, 18(2), 170-180. https://doi.org/10.1590/S0034-89101984000200009