O paradigma mecanicista da medicina ocidental moderna: uma perspectiva antropológica

Autores

  • Marcos de Souza Queiroz Universidade Estadual de Campinas; Núcleo de Estudos de Políticas Públicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101986000400007

Palavras-chave:

Antropologia da medicina, Medicina tradicional, História da medicina

Resumo

Objetivou-se analisar, sob um ponto de vista antropológico, o paradigma "mecanicista" dominante na medicina ocidental moderna. Faz-se comentário crítico sobre o positivismo que sustenta este paradigma. Foi mostrado também como ele desenvolveu-se historicamente a ponto de dominar a percepção médica sobre saúde, doença e terapêutica, e como essa percepção deixou modernamente de compreender um amplo espectro da realidade a que se propõe compreender. Foram analisados alguns sistemas médicos "populares" e "primitivos", mostrando como eles incorporam o social no campo da medicina. Enfatiza-se a necessidade da medicina ocidental moderna recuperar o social e o cultural (como dimensões que moldam inevitavelmente a doença, os tratamentos e a cura) para sair da crise em que se encontra. Nesse sentido, recorrer à história e aos sistemas médicos "populares" e "primitivos" tem o propósito de contribuir para isso.

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Publicado

1986-08-01

Edição

Seção

Atualizações

Como Citar

Queiroz, M. de S. (1986). O paradigma mecanicista da medicina ocidental moderna: uma perspectiva antropológica . Revista De Saúde Pública, 20(4), 309-317. https://doi.org/10.1590/S0034-89101986000400007