Imunidade à rubéola: inquérito soro-epidemiológico em hospital, Estado de São Paulo - Brasil

Autores

  • Alcyone Artioli Machado Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • João Carlos da Costa Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Antonio Dorival Campos Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101988000300005

Palavras-chave:

Rubéola^i1^simunolo, Inquéritos epidemiológicos, Sorodiagnóstico

Resumo

Os títulos de anticorpos no soro pela reação de inibição da hemaglutinação para rubéola, empregando o caulim para adsorção de beta-lipoproteínas bloqueadores inespecíficos, foram determinados em funcionárias do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Brasil), no período de 1982-1983 e confrontados com idade, cor, unidade hospitalar, local, cargo, tempo de emprego, antecedentes de rubéola ou comunicante na vigência ou não de gravidez. Participaram do estudo 1.886 funcionárias (88,9% de 2.121) tendo títulos com a distribuição: 9,6% <10,1,3% -10,3,5% -20, 5,8% -40,10,6% -80, 20,7% -160, 27,8% -320,12,6% -640, 7,3% -1.280 e 0,8% -2.560. Houve fraca associação entre títulos e quaisquer das variáveis de confrontação (P ;@; 0); 87,1% das funcionárias negaram antecedentes de rubéola e destas 73,9% tiveram títulos >; 20; 57,6% negaram ser comunicantes e apresentaram títulos ;³; 20; em 1,1% que referiram história de rubéola, os títulos foram ;£;20; 97% negaram contacto com rubéola durante a gravidez. Houve somente um caso de malformação congênita após rubéola no primeiro trimestre da gravidez. Das 351 funcionárias sãs, e com títulos ;³; 640, em 9,4% demonstrou-se IgM específica. Não foi notada flutuação significativa dos títulos em diferentes amostras em período de observação de até um ano. Conclui-se que a maioria das funcionárias é imune à rubéola (título >; 20) independente de quaisquer parâmetros analisados; a presença de IgM específica em algumas funcionárias pode ser compatível com doença subclínica. Este inquérito foi considerado útil na orientação de funcionárias grávidas comunicantes de caso suspeito ou confirmado de rubéola, e para as não-grávidas e não-imunes a indicação da profilaxia pela vacina.

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Publicado

1988-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Machado, A. A., Costa, J. C. da, & Campos, A. D. (1988). Imunidade à rubéola: inquérito soro-epidemiológico em hospital, Estado de São Paulo - Brasil . Revista De Saúde Pública, 22(3), 192-200. https://doi.org/10.1590/S0034-89101988000300005