Alberprosenia malheiroi Serra, Atzingen & Serra, 1987 (Hemiptera, Reduviidae): redescrição e bionomia

Autores

  • Rodolfo U. Carcavallo Instituto de Neurologia; Centro de Investigaciones Biometeorológicas
  • José M. S. Barata Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Antônio I. P. da Costa Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Oswaldo P. Serra Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas; Departamento de Parasitologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000600010

Palavras-chave:

Triatominae^i1^sclassifica, Ninfa^i1^screscime, Ninfa^i1^sdesenvolvime, Ovo^i1^sfisialo

Resumo

Sobre Alberprosenia malheiroi n. sp. deu-se a conhecer uma diagnose resumida em 1980, porém sem valor bibliográfico. Em 1987 publicou-se a mesma diagnose anexando uma foto e alguns comentários, porém sem realizar uma descrição formal. Descreve-se para esta espécie, os adultos, os estádios imaturos, determina-se a série sintípica e apresenta-se dados bionômicos e de criação em insetário. As diferenças mais evidentes com A. goyovargasi, a única espécie que se conhecia do gênero até então, são a coloração geral negra, o espaço interocular maior que o tamanho de um olho visto dorsalmente, os tubérculos do colar com o ápice agudo e o tamanho maior, na nova espécie, quase o dobro do da primeira espécie. Os ovos são pequenos, fixados ao substrato em grupos de 3 ou 4, elipsóides, não achatados lateralmente, com o opérculo proeminente, convexo, sem estruturas evidentes. As ninfas apresentam em todos os estádios caracteres típicos do gênero e da tribo, com região anteocular menos longa que a post-ocular e característica pilosidade do tegumento que vai se acentuando a cada estádio. A. malheiroi n. sp. foi capturado em ecótopos silvestres em palmeiras em floresta no Estado do Pará, associados com morcegos ou aves. Nenhum dos exemplares estava infectado com Trypanosoma cruzi. Esses triatomíneos foram mantidos em insetários a ± 25°C e ± 60% UR, são insetos ágeis e voam com relativa facilidade. Alimentaram-se bem em pombos e morcegos e não aceitaram alimentação em ratos, camundongos ou hamsters. O período de incubação dos ovos foi em média treze dias e o tempo de evolução do período ninfal foi em média cento e trinta e dois dias.

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Publicado

1995-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carcavallo, R. U., Barata, J. M. S., Costa, A. I. P. da, & Serra, O. P. (1995). Alberprosenia malheiroi Serra, Atzingen & Serra, 1987 (Hemiptera, Reduviidae): redescrição e bionomia . Revista De Saúde Pública, 29(6), 488-495. https://doi.org/10.1590/S0034-89101995000600010