Filariose bancroftiana no Brasil

Autores

  • Eliana M. M. Rocha Universidade Federal de Alagoas
  • Gilberto Fontes Universidade Federal de Alagoas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101998000100015

Palavras-chave:

Filariose, epidemiologia, Wuchereria bancrofti

Resumo

Foi feita revisão dos estudos sobre a distribuição geográfica e prevalências da filariose linfática bancroftiana no Brasil. Entre 1951 a 1958 foram realizados inquéritos hemoscópicos e entomológicos no País, sendo a transmissão autóctone comprovada em apenas 11 Municípios: Ponta Grossa (SC), 14,5%; Belém (PA), 9,8%; Barra de Laguna (SC), 9,4%; Recife (PE), 6,9%; Castro Alves (BA), 5,9%; Florianópolis (SC), 1,4%; São Luís (MA), 0,6%; Salvador (BA), 0,4%; Maceió (AL), 0,3%; Manaus (AM), 0,2% e Porto Alegre (RS), 0,1%. A distribuição da parasitose era urbana e focal, principalmente em cidades litorâneas. As ações de controle implementadas levaram a uma apreciável queda nas taxas de microfilarêmicos sendo consideradas, a partir de então, áreas endêmicas para filariose linfática no Brasil somente as cidades de Belém e Recife. Estudos recentes mostram transmissão ativa da parasitose, com prevalências superiores às detectadas no passado, em Maceió, cujo foco era considerado extinto, e em Recife. O conhecimento da situação atual da bancroftose no Brasil é de fundamental importância para a implementação de ações de controle da endemia envolvendo o Ministério da Saúde e órgãos de saúde pública.

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Publicado

1998-02-01

Edição

Seção

Atualizações

Como Citar

Rocha, E. M. M., & Fontes, G. (1998). Filariose bancroftiana no Brasil . Revista De Saúde Pública, 32(1), 98-105. https://doi.org/10.1590/S0034-89101998000100015