Saúde coletiva: uma "nova saúde pública" ou campo aberto a novos paradigmas?

Autores

  • Jairnilson S. Paim Universidade Federal da Bahia
  • Naomar de Almeida Filho Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101998000400001

Palavras-chave:

Saúde pública^i1^stendênc, Medicina social

Resumo

Trata-se de ensaio que apresenta um estudo exploratório da retórica paradigmática da saúde com o objetivo de analisar os principais elementos de discurso dos movimentos ideológicos que historicamente construíram o campo social da saúde, particularmente na segunda metade do século XX. São destacados os esforços empreendidos pela Organização Panamericana da Saúde para debater a teoria e a prática da saúde pública na região das Américas cotejando-os com as demandas emergentes no contexto econômico, político e social dos países latino-americanos. Neste particular, destaca-se a necessidade de construir uma agenda política comum, a partir da confluência de três temáticas - reforma setorial, "Renovação da Saúde para Todos" (RSPT) e "nova saúde pública", contemplando os planos doutrinário, conceitual, metodológico e operativo. Apresenta-se uma breve sistematização do marco conceitual da saúde coletiva, em elaboração na América Latina, situando mais particularmente as suas potencialidades de construção de um conhecimento transdisciplinar. Conclui-se que, apesar de em si não constituir um paradigma, a saúde coletiva, enquanto movimento ideológico comprometido com a transformação social, apresenta possibilidades de articulação com novos paradigmas científicos capazes de abordar o objeto saúde-doença-cuidado respeitando sua historicidade e integralidade.

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Publicado

1998-08-01

Edição

Seção

Artigo Especial

Como Citar

Paim, J. S., & Almeida Filho, N. de. (1998). Saúde coletiva: uma "nova saúde pública" ou campo aberto a novos paradigmas? . Revista De Saúde Pública, 32(4), 299-316. https://doi.org/10.1590/S0034-89101998000400001