Estudo epidemiológico do peso ao nascer a partir da Declaração de Nascido Vivo

Autores

  • Cristina Elizabeth Costa Secretaria da Saúde da Prefeitura do Município de São Paulo
  • Sabina Léa Davidson Gotlieb Universida de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89101998000400004

Palavras-chave:

Baixo peso ao nascer, Sistemas de informação

Resumo

INTRODUÇÃO: Há evidências de forte associação entre baixo peso ao nascer e a morbi-mortalidade neonatal e infantil. A Organização Mundial da Saúde o identifica como o mais importante fator isolado na sobrevivência infantil. Assim, com o intuito de motivar o uso dos dados de nascimentos vivos rotineiramente produzidos em hospitais, foi realizado estudo para identificar fatores associados ao baixo peso ao nascer, por meio de variáveis epidemiológicas e demográficas presentes na Declaração de Nascido Vivo (DN). MÉTODO: Foram analisados 14.784 nascimentos vivos, hospitalares e não gemelares, ocorridos durante 6 meses em1992, em municípios do Estado de São Paulo. Os dados foram obtidos das DN, instrumento básico do Subsistema de Informações de Nascidos Vivos do Ministério da Saúde (SINASC). Foram estimadas medidas de tendência central e de dispersão do peso ao nascer, verificada a significância estatística da associação entre baixo peso ao nascer e demais variáveis e estabelecidos intervalos de confiança a 95%, para as razões de prevalência do fator. RESULTADOS E CONCLUSÕES: A prevalência de baixo peso foi de 7,5% (a maior ocorreu em Itararé-10,4%). Foi detectada associação estatisticamente significante entre baixo peso ao nascer e sexo feminino, prematuridade, mãe adolescente, mãe idosa e paridade materna. Recomenda-se a utilização da DN, em estudos epidemiológicos e de saúde materno-infantil, face à sua importância, boa qualidade e disponibilidade de informação.

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Publicado

1998-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Costa, C. E., & Gotlieb, S. L. D. (1998). Estudo epidemiológico do peso ao nascer a partir da Declaração de Nascido Vivo . Revista De Saúde Pública, 32(4), 328-334. https://doi.org/10.1590/S0034-89101998000400004