Prevalência de alcoolemia em vítimas de causas externas admitidas em centro urbano de atenção ao trauma

Autores

  • Cynthia Gazal-Carvalho Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Beatriz Carlini-Cotrim Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Ovandir Alves Silva Universidade de São Paulo; Faculdade de Ciências Farmacêuticas; Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas
  • Naim Sauaia Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000100008

Palavras-chave:

Transtornos induzidos por álcool, Ferimentos e lesões, Serviços médicos de emergência, Prevalência, Morbidade^i1^scausas exter, Mortalidade^i1^scausas exter, Estudos transversais

Resumo

OBJETIVOS: Estudar a freqüência de alcoolemia positiva em vítimas de causas externas e caracterizar a freqüência do uso dessa substância nos diferentes tipos de causas externas. MÉTODOS: Estudo de prevalência de alcoolemia em pacientes admitidos em um centro de atenção ao trauma, no município de São Paulo, SP, Brasil. Os pacientes foram selecionados aleatoriamente no decorrer de um ano (agosto de 1998 a agosto de 1999). Os procedimentos consistiram em coleta de sangue para dosagem alcoólica e aplicação de questionário desenvolvido pelo "Medical Research Institute of San Francisco -- Alcohol Research Group", adaptado para a coleta de informações acerca dos pacientes. RESULTADOS: Foram analisados 464 pacientes com idade mediana de 29 anos, sendo 73,7% do sexo masculino. Encontrou-se prevalência de alcoolemia positiva em 28,9% dos casos (IC95%; 24,8-33,2). Foram observadas diferenças estatisticamente significativas nas prevalências de alcoolemia, quando avaliadas as variáveis: tipo de causa externa; faixa etária; sexo; estado civil; e desfecho do caso. As maiores prevalências encontradas foram em vítimas de agressão (46,2%), no sexo masculino (33,9%), na faixa etária de 25 a 44 anos (37,6%), em solteiros (33,0%) e em pacientes internados (41,4%), respectivamente. CONCLUSÕES: Os resultados reforçam o fato de haver envolvimento de álcool nas causas externas. Medidas em diferentes níveis de prevenção, dirigidas principalmente à população de maior risco, deveriam ser consideradas em programas com o objetivo de diminuir a ocorrência, bem como a reincidência desses eventos.

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Publicado

2002-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Gazal-Carvalho, C., Carlini-Cotrim, B., Silva, O. A., & Sauaia, N. (2002). Prevalência de alcoolemia em vítimas de causas externas admitidas em centro urbano de atenção ao trauma . Revista De Saúde Pública, 36(1), 47-54. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000100008