Epidemiologia da infecção pela dengue em Ribeirão Preto, SP, Brasil

Autores

  • Eugênia Maria Silveira Rodrigues Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto
  • Amaury Lélis Dal-Fabbro Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social
  • Rogério Salomão Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Medicina Social
  • Ivani Bisordi Ferreira Instituto Adolpho Lutz; Seção de Vírus Transmitidos por Artrópodes
  • Iray Maria Rocco Instituto Adolpho Lutz; Seção de Vírus Transmitidos por Artrópodes
  • Benedito Antonio Lopes da Fonseca Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Clínica Médica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000200007

Palavras-chave:

Dengue^i1^stransmis, Surto de doenças, Estudos soroepidemiológicos, Aedes, Insetos vetores, Dengue^i1^sepidemiolo, Aedes aegypti

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a transmissão de dengue em uma instituição correcional de adolescentes localizada em Ribeirão Preto, SP, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um inquérito sorológico e virológico da população de internos e funcionários de uma instituição correcional de adolescentes infratores localizada em Ribeirão Preto, SP, Brasil. A população de estudo consistiu em 105 menores e 91 funcionários que representavam 89% do total de pessoas expostas. O sangue coletado da população estudada foi armazenado e processado para avaliação pelas técnicas de MAC-Elisa e de isolamento viral. Cada participante respondeu a um questionário aplicado na ocasião da coleta de sangue. RESULTADOS: Do total de amostras de sangue coletadas (n=196), 42 (21,4%) foram positivas para anticorpos da classe IgM, e 43 (21,9%), para anticorpo IgG; destes, 15 com IgM e IgG positivas e 28 (14,3%) com apenas IgG positiva. Em cinco amostras, foram isolados vírus da dengue, sorotipo 1. Dos 42 casos com IgM positiva, 14 (33,4%) não relataram sintomas característico de dengue. A incidência entre os internos foi de 23,8% e, entre funcionários, de 18,6%. Os primeiros casos foram notificados em fevereiro de 1997, e os últimos, em março do mesmo ano, embora os resultados mostrem a possibilidade de a transmissão ter se iniciado bem antes de ser detectada. CONCLUSÕES: A alta incidência observada pode ser explicada pela grande densidade populacional na instituição, alta infestação do vetor Aedes aegypti, alta taxa de assintomáticos e transmissão favorecida pelo fato de a comunidade ser fechada.

Downloads

Publicado

2002-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Rodrigues, E. M. S., Dal-Fabbro, A. L., Salomão, R., Ferreira, I. B., Rocco, I. M., & Fonseca, B. A. L. da. (2002). Epidemiologia da infecção pela dengue em Ribeirão Preto, SP, Brasil . Revista De Saúde Pública, 36(2), 160-165. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000200007