Prevalência do uso de medicamentos na gravidez: uma abordagem farmacoepidemiológica

Autores

  • Márcia Regina Campos Costa da Fonseca Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Farmacologia
  • Edson da Fonseca Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Tocoginecologia
  • Gun Bergsten-Mendes Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Farmacologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000200013

Palavras-chave:

Uso de medicamentos, Gravidez, Questionários, Cuidado pré-natal, Fatores socioeconômicos, Prevalência, Farmacoepidemiologia

Resumo

INTRODUÇÃO: Tendo em vista as mudanças freqüentes do mercado de medicamentos que influenciam o padrão de prescrição e automedicação, realizou-se estudo para conhecer a utilização de medicamentos entre mulheres durante a gravidez. MÉTODOS: Em um estudo retrospectivo sobre o padrão do uso de medicamentos durante a gravidez realizado em um hospital-escola de Campinas, SP, 1.000 puérperas foram entrevistadas após o parto, ainda no hospital, por meio de um questionário estruturado. Foram registrados: características sociodemográficas, antecedentes obstétricos e de contracepção, dados sobre assistência pré-natal e sobre uso de medicamentos na gravidez. Para análise estatística dos dados, foram utilizados Anova e qui-quadrado considerando o nível de significância (sinal de menor a 0,05). RESULTADOS: Das entrevistadas, 94,6% tomaram pelo menos um medicamento durante a gravidez, e 46,1% das pacientes utilizaram medicamentos no primeiro trimestre. Dos 3.778 itens de medicamentos relatados, 88,8% foram prescritos por médico. A mediana de medicamentos utilizados foi de 3 (0-18). As seis classes de medicamentos mais usados foram: analgésicos, antiespasmódicos, antiinfecciosos ginecológicos, antianêmicos, antiácidos e antibióticos sistêmicos. Os cinco medicamentos mais utilizados foram: butilescopolamina, sulfato ferroso, dipirona, nistatina e multivitaminas. Apenas 27,7% das pacientes haviam sido alertadas para o risco de utilizar medicamentos na gravidez. CONCLUSÃO: Conhecer o perfil dos medicamentos usados na gravidez pode ajudar a planejar programas de esclarecimento para pacientes e de educação continuada para profissionais de saúde.

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Publicado

2002-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Fonseca, M. R. C. C. da, Fonseca, E. da, & Bergsten-Mendes, G. (2002). Prevalência do uso de medicamentos na gravidez: uma abordagem farmacoepidemiológica . Revista De Saúde Pública, 36(2), 205-212. https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000200013