Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis em adultos: prevalência e fatores de risco

Autores

  • Maria Laura Vidal Carret Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina
  • Anaclaudia Gastal Fassa Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina
  • Denise Silva da Silveira Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina
  • Andréa D Bertoldi Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina
  • Pedro C Hallal Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000100011

Palavras-chave:

Doenças sexualmente transmissíveis, Epidemiologia, Estudos transversais, Adultos e idosos

Resumo

OBJETIVO: Medir a prevalência de sintomas de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e seus fatores de risco em uma população adulta. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional. A amostra foi constituída de adultos com 20 anos ou mais de idade, da zona urbana de Pelotas, RS. Utilizou-se questionário auto-aplicado para obtenção de informações de comportamento sexual e de sintomatologia para DST. A análise ajustada foi realizada por regressão logística. RESULTADOS: A prevalência de sintomas de DST foi de 13,5%. Pessoas do sexo feminino, mais jovens e cor não branca, bem como aquelas que não usaram preservativo na última relação sexual e que tiveram maior número de parceiros apresentaram maior risco para DST. Após estratificar por sexo, idade precoce de iniciação sexual e prática de sexo anal, as DST mostraram-se associadas com o desfecho apenas para os homens, e a menor escolaridade mostrou-se associada com o desfecho apenas para as mulheres. CONCLUSÕES: Este estudo mostrou uma prevalência importante de sintomas de DST. Levando-se em conta que muitas DST são assintomáticas e casos sintomáticos freqüentemente não são percebidos como patológicos pelos doentes e/ou não são diagnosticados pelos serviços, considera-se que o problema é ainda maior. Os resultados contribuíram também para aprofundar a discussão sobre o fato de viver com companheiro sexual não ser fator de proteção para a presença de sintomas dessas doenças e indicaram diferenças nos fatores de risco entre os sexos, sendo necessário considerar estas peculiaridades na abordagem deste assunto.

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Publicado

2004-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carret, M. L. V., Fassa, A. G., Silveira, D. S. da, Bertoldi, A. D., & Hallal, P. C. (2004). Sintomas de doenças sexualmente transmissíveis em adultos: prevalência e fatores de risco . Revista De Saúde Pública, 38(1), 76-84. https://doi.org/10.1590/S0034-89102004000100011