Incidência de Enterococcus resistente à vancomicina em hospital universitário no Brasil

Autores

  • Guilherme Henrique Campos Furtado Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • Sinaida Teixeira Martins Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • Ana Paula Coutinho Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • Gláucia Marília Moreira Soares Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • Sérgio Barsanti Wey Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias
  • Eduardo Alexandrino Servolo Medeiros Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000100006

Palavras-chave:

Strepto-Enterococcus, Resistência à vancomicina, Medidas em epidemiologia, Hospitais universitários

Resumo

OBJETIVO: O enterococo resistente à vancomicina é atualmente um dos principais microorganismos implicados em infecções nosocomiais. Assim, realizou-se estudo com o objetivo de avaliar sua epidemiologia em um hospital terciário de ensino. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo, realizado de 2000 a 2002, que analisou amostras de culturas clínicas positivas para enterococo resistente à vancomicina (VRE) em um hospital universitário com 660 leitos. Procurou-se definir sua incidência e os principais sítios e unidades de isolamento. Foi verificada a significância entre as variáveis nos três anos de estudo, sendo considerado como significante p<0,05. RESULTADOS: Houve aumento progressivo na resistência à vancomicina nas culturas clínicas positivas para Enterococcus spp. nos três anos de estudo. Em 2000, 9,5% das amostras eram resistentes à vancomicina, com aumento para 14,7% em 2001 e 15,8% em 2002. As unidades com maior número de isolados foram respectivamente: pronto-socorro (19,5%) e UTI geral (15%); os sítios mais isolados foram: urina (36%) e sangue (20%). CONCLUSÕES: Com o aumento progressivo na incidência de resistência à vancomicina e da taxa de VRE, concluiu-se ser necessárias medidas de controle mais efetivas para deter a disseminação do VRE.

Publicado

2005-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Furtado, G. H. C., Martins, S. T., Coutinho, A. P., Soares, G. M. M., Wey, S. B., & Medeiros, E. A. S. (2005). Incidência de Enterococcus resistente à vancomicina em hospital universitário no Brasil . Revista De Saúde Pública, 39(1), 41-46. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000100006