Reatogenicidade de vacinas contra febre amarela em estudo randomizado, controlado com placebo

Autores

  • Luiz Antonio Bastos Camacho Fiocruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Savitri Gomes de Aguiar Fiocruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Marcos da Silva Freire Fiocruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Maria da Luz Fernandes Leal Fiocruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Jussara Pereira do Nascimento Fiocruz; Bio-Manguinhos; Instituto de Tecnologia em Imunogiológicos
  • Takumi Iguchi Fiocruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • José Azevedo Lozana Fiocruz; Escola Nacional de Saúde Pública
  • Roberto Henrique Guedes Farias Instituto de Biologia do Exército

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000300012

Palavras-chave:

Vacina contra febre amarela, Efeitos adversos, Ensaios controlados aleatórios, Brasil

Resumo

OBJETIVO: Comparar a reatogenicidade de três vacinas contra a febre amarela (FA) das sub-cepas WHO-17D e 17DD (diferentes lotes-semente), e placebo. MÉTODOS: Foram recrutados 1.087 adultos elegíveis para vacinação contra FA no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Vacinas produzidas por Bio-Manguinhos, Fiocruz (Rio de Janeiro, RJ) foram administradas ("dia zero") seguindo procedimentos adaptados para alocação randômica em blocos e "cega" para o tipo de vacina. Eventos adversos pós-vacinação foram registrados em questionários e diários preenchidos pelos participantes. Enzimas hepáticas foram medidas nos dias 0, 4-20 e 30 do estudo. A viremia foi medida nos dias 4-20. A resposta imune foi verificada em testes sorológicos nos dias 0 e 30. RESULTADOS: Os participantes eram predominantemente homens jovens. A taxa de soroconversão foi superior a 98% no grupo soronegativo antes da vacinação. Comparado ao placebo, a diferença de risco de eventos adversos locais variou de 0,9% a 2,5%, e de 3,5% a 7,4% para eventos adversos sistêmicos nos grupos vacinados. A diferença de risco desses eventos com assistência médica e/ou falta ao trabalho variou de 2,0% a 4,5%. Viremia foi detectada em 3% a 6% dos vacinados até 10 dias após a vacinação. As variações nos níveis de enzimas hepáticas pós-vacinação foram semelhantes nos grupos vacinados e placebo. CONCLUSÕES: Foi demonstrada pela primeira vez a semelhança do perfil de reatogenicidade das vacinas contra FA das cepas 17D e 17DD, comparados entre si e com placebo. As variações das enzimas hepáticas constituem evidência contra o potencial de viscerotropismo do vírus vacinal.

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Publicado

2005-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Camacho, L. A. B., Aguiar, S. G. de, Freire, M. da S., Leal, M. da L. F., Nascimento, J. P. do, Iguchi, T., Lozana, J. A., & Farias, R. H. G. (2005). Reatogenicidade de vacinas contra febre amarela em estudo randomizado, controlado com placebo . Revista De Saúde Pública, 39(3), 413-420. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000300012