Indicador econômico para o Brasil baseado no censo demográfico de 2000

Autores

  • Aluísio J D Barros Universidade Federal de Pelotas; Centro de Pesquisas Epidemiológicas
  • Cesar G Victora Universidade Federal de Pelotas; Centro de Pesquisas Epidemiológicas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000400002

Palavras-chave:

Enquete socioeconômica, Censos, Classe social, Renda, Pobreza

Resumo

OBJETIVO: Propor um indicador econômico para o Brasil baseado em bens de consumo usando variáveis presentes no censo demográfico de 2000. MÉTODOS: O indicador, denominado Indicador Econômico Nacional (IEN), foi desenvolvido a partir de 12 bens e a escolaridade do chefe de família, por meio de análise de componentes principais. Dados da amostra do Censo Demográfico Brasileiro de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foram usados para gerar o indicador e para o cálculo dos pontos de corte dos decis de referência. RESULTADOS: O indicador, primeiro componente obtido da análise, reteve 38% da variabilidade total e apresentou correlação de Spearman de 0,74 com a renda total do domicílio e de 0,67 com a renda per capita. Os coeficientes necessários para calcular o indicador são apresentados, assim como as distribuições de referência para 27 capitais e Estados, as cinco regiões e o País. Apresenta-se um exemplo de como se usa o indicador. CONCLUSÕES: Diferentemente de outros indicadores econômicos disponíveis, o IEN tem as distribuições de referência publicadas, para capitais, Estados, Regiões, bem como a distribuição nacional. Torna-se possível, portanto, comparar a amostra estudada à distribuição municipal, estadual ou nacional. O número reduzido de variáveis torna fácil o cálculo do Indicador Econômico Nacional para investigadores envolvidos em pesquisas onde é importante a classificação econômica.

Publicado

2005-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Barros, A. J. D., & Victora, C. G. (2005). Indicador econômico para o Brasil baseado no censo demográfico de 2000 . Revista De Saúde Pública, 39(4), 523-529. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000400002