Uso de medicamentos por idosos em região do sul do Brasil

Autores

  • Liziane Maahs Flores Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Farmácia; Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
  • Sotero Serrate Mengue Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Faculdade de Farmácia; Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000600009

Palavras-chave:

Uso de medicamentos, Idoso, Medicamentos sem prescrição, Polifarmácia, Características sociodemográficas

Resumo

OBJETIVO: Descrever o uso de medicamentos por idosos, avaliar a presença de polifarmácia, os efeitos de características sociodemográficas e as condições de saúde no uso da medicação. MÉTODOS: Pesquisa de estudo transversal, realizado em 2001 e 2002, em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, em uma amostra de 215 idosos. Os dados sobre o uso de medicamentos foram coletados por meio de um questionário preenchido durante visita domiciliar. Os medicamentos foram classificados de acordo com Anatomical-Therapeutical-Chemical Classification System. RESULTADOS: Dos entrevistados, 141 (66%) eram mulheres; 117 (54%) na faixa etária entre 60 e 70 anos, 157 (73%) brancos, 115 (53%) tinham companheiros(as) e 145 (67%) cursaram até o ensino fundamental. A prevalência de uso de medicação foi de 91% (n=195). Na semana anterior à entrevista foram utilizados 697 medicamentos, com média de 3,2 (DP=2,5) medicamentos por pessoa. Do total da amostra, 187 (87%) haviam realizado no mínimo uma consulta médica no último ano, 71 (33%) pessoas usavam medicamento sem prescrição médica e em 57 (27%) casos foi caracterizada polifarmácia. CONCLUSÕES: Constatou-se padrão elevado de uso de medicamentos entre pessoas de faixa etária igual ou superior a 60 anos que vivem na comunidade, com pequenas variações conforme as condições de saúde e características sociodemográficas.

Publicado

2005-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Flores, L. M., & Mengue, S. S. (2005). Uso de medicamentos por idosos em região do sul do Brasil . Revista De Saúde Pública, 39(6), 924-929. https://doi.org/10.1590/S0034-89102005000600009