Pesquisas brasileiras psicossociais e operacionais face às metas da UNGASS

Autores

  • Francisco Inácio Bastos Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Informação Científica e Tecnológica; Departamento de Informações em Saúde
  • Mariana A Hacker Fundação Oswaldo Cruz; Centro de Informação Científica e Tecnológica; Departamento de Informações em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000800007

Palavras-chave:

Síndrome de imunodeficiência adquirida^i1^sprevenção e contr, Transmissão vertical da doença, Sorodiagnóstico da Aids^i1^spsicolo, Preservativos, Preservativos femininos, Educação em saúde

Resumo

São analisados itens do documento "Draft Declaration of Commitment for the UNGASS on HIV/AIDS, 2001". Discute-se a experiência brasileira em novos métodos de testagem e aconselhamento para populações vulneráveis, métodos preventivos controlados por mulheres, prevenção, suporte psicossocial a pessoas vivendo com HIV/Aids e transmissão materno-infantil. Os itens foram operacionalizados sob a forma de "palavras-chave" em buscas sistemáticas nos bancos de dados padrão em biomedicina, incluindo ainda o Web of Science, nas suas subdivisões referentes às ciências naturais e sociais. A experiência brasileira referente a estratégias de testagem e aconselhamento vem-se consolidando, no emprego de algoritmos visando à estimação da incidência e identificação de recém-infectados, testagem e aconselhamento de grávidas, e aplicação de testes rápidos. A introdução de métodos alternativos e de novas tecnologias para coleta de dados em populações vulneráveis vem permitindo ágil monitoramento da epidemia. A avaliação do suporte psicossocial a pessoas vivendo com HIV/Aids ganhou impulso no Brasil, provavelmente, em decorrência do aumento da sobrevida e da qualidade de vida dessas pessoas. Foram observados avanços substanciais no controle da transmissão materno-infantil, uma das mais importantes vitórias no campo de HIV/Aids no Brasil, mas deficiências no atendimento pré-natal ainda constituem um desafio. Em relação aos métodos de prevenção femininos, a resposta brasileira é ainda tímida. A ampla implementação de novas tecnologias para captura e manejo de dados depende de investimentos em infra-estrutura e capacitação profissional.

Publicado

2006-04-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Bastos, F. I., & Hacker, M. A. (2006). Pesquisas brasileiras psicossociais e operacionais face às metas da UNGASS . Revista De Saúde Pública, 40(supl.), 42-51. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000800007