Fatores de risco para mortes fetais anteparto no Município de São Paulo, Brasil

Autores

  • Marcia Furquim de Almeida Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Gizelton Pereira Alencar Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Hillegonda Maria Dutilh Novaes USP; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva
  • Ivan França Jr USP; FSP; Departamento de Saúde Materno-Infantil
  • Arnaldo Augusto Franco de Siqueira USP; FSP; Departamento de Saúde Materno-Infantil
  • Oona M R Campbell London School of Hygiene and Tropical Medicine; Infectious Diseases Epidemiology Unit
  • Daniela Schoeps Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Departamento de Epidemiologia
  • Laura Cunha Rodrigues London School of Hygiene and Tropical Medicine; Infectious Diseases Epidemiology Unit

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000100006

Palavras-chave:

Óbito fetal anteparto, Atenção pré-natal, Fatores de risco, Fatores socioeconômicos, Estudo de casos e controle, Gravidez

Resumo

OBJETIVO: Analisar os fatores de risco para óbitos fetais anteparto. METODOS: Estudo de caso-controle de base populacional realizado no Município de São Paulo, SP, de agosto de 2000 a janeiro de 2001. Os indivíduos foram selecionados a partir de uma coorte de nascimentos, obtida por meio de vinculação de declarações de nascimento e óbito. Os casos foram 164 óbitos fetais anteparto e os controles, uma amostra aleatória de 313 de sobreviventes até 28 dias. Foram realizadas entrevistas domiciliares com as mães e aplicado protocolo hospitalar. Foi empregada regressão logística para análise dos dados, baseado em modelo conceitual hierárquico. RESULTADOS: Os fatores estatisticamente significantes associados aos óbitos fetais anteparto foram: mães com união recente ou sem união; escolaridade da mãe inferior a quatro anos; nascimentos anteriores de baixo peso; mães com hipertensão, diabetes, e sangramento durante a gestação; ausência ou pré-natal inadequado presença de malformação congênita e presença de pequeno para idade gestacional. As maiores frações de risco atribuível na população foram inadequação do pré-natal (40%), hipertensão (27%), presença de pequeno para idade gestacional (30%), e ausência de união com mais de um ano (26%). CONCLUSÕES: Os fatores de risco proximais são os mais importantes para a mortalidade fetal anteparto. Entretanto, fatores distais como mães de baixa escolaridade e união recente ou ausente também desempenham importante papel. Melhorar acesso e qualidade do pré-natal pode promover impacto positivo na mortalidade fetal.

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Publicado

2007-02-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Almeida, M. F. de, Alencar, G. P., Novaes, H. M. D., França Jr, I., Siqueira, A. A. F. de, Campbell, O. M. R., Schoeps, D., & Rodrigues, L. C. (2007). Fatores de risco para mortes fetais anteparto no Município de São Paulo, Brasil . Revista De Saúde Pública, 41(1), 35-43. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000100006