Prevalência de níveis pressóricos elevados em escolares de Cuiabá, Mato Grosso

Autores

  • Luiz Marcos P Borges Universidade Federal de Santa Catarina; Programa de Pós-graduação em Saúde Pública
  • Marco A Peres Universidade Federal de Santa Catarina; Programa de Pós-graduação em Saúde Pública
  • Bernardo L Horta Universidade Federal de Pelotas; Departamento de Medicina Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000040

Palavras-chave:

Criança, Determinação da Pressão Arterial, Hipertensão^i1^sepidemiolo, Medidas em epidemiologia, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: As formas de obtenção dos níveis pressóricos basais podem levar a diferentes estimativas de prevalência. O objetivo do estudo foi estimar a prevalência de níveis pressóricos elevados em escolares e comparar médias sistólicas e diastólicas obtidas após três aferições da pressão arterial. MÉTODOS: Estudo transversal, com escolares entre sete e dez anos (N=601), de escolas públicas e privadas da zona urbana de Cuiabá-MT, Brasil, em 2005. A pressão arterial foi aferida três vezes, com intervalo de dez minutos, em visita única. Consideraram-se crianças com níveis pressóricos elevados as que, segundo sexo, idade e percentil de estatura, atingiram pressão sistólica e/ou diastólica maiores ou iguais ao percentil 95 da tabela de referência. Para o cálculo de prevalência, foram considerados separadamente os níveis pressóricos da primeira e terceira medidas. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significante entre as médias sistólicas e diastólicas nas três medidas do estudo. A pressão sistólica e diastólica média, utilizando a terceira medida do estudo foi de 97,2 (DP=8,68) mmHg e 63,1 (DP=6,66) mmHg, respectivamente. A prevalência de níveis pressóricos elevados foi de 8,7% (IC 95%: 6,4;10,9) na primeira medida e 2,3% (IC 95%: 1,1;3,5) na 3ª medida. Não houve diferença estatística entre as prevalências com relação à idade, sexo, cor da pele e tipo de escola. CONCLUSÕES: A pressão arterial, em estudos de visita única, diminui significativamente entre a primeira e terceira aferição. A terceira medida parece revelar níveis pressóricos mais próximos dos basais.

Publicado

2007-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Borges, L. M. P., Peres, M. A., & Horta, B. L. (2007). Prevalência de níveis pressóricos elevados em escolares de Cuiabá, Mato Grosso . Revista De Saúde Pública, 41(4), 530-538. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006005000040