Qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/Aids em São Paulo

Autores

  • Elisabete Cristina Morandi dos Santos Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Ivan França Junior Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Departamento de Saúde Materno-Infantil
  • Fernanda Lopes Universidade de São Paulo; Faculdade Saúde Pública; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000900011

Palavras-chave:

Síndrome de imunodeficiência adquirida^i1^spsicolo, Qualidade de vida, Estilo de vida, Fatores socioeconômicos, Estudos transversais

Resumo

OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/Aids. MÉTODOS: Estudo transversal, desenvolvido em serviço ambulatorial para Aids, com base em amostragem consecutiva, realizado no segundo semestre de 2002. Selecionaram-se 365 pessoas com idade >;18 anos que passaram por consulta com o infectologista. As variáveis sociodemográficas, de consumo recente de drogas e as condições clínicas foram obtidas por meio de questionários e a qualidade de vida por meio do WHOQOL-bref. RESULTADOS: Os escores dos domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente apresentaram valores semelhantes. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas das médias nos escores do domínio meio ambiente segundo cor da pele, com os pretos e os pardos obtendo escores menores. As mulheres apresentaram escores menores nos domínios psicológico e meio ambiente. Maior renda foi significativa na obtenção de maior escore em todos os domínios de qualidade de vida, exceto no domínio relações sociais. Os indivíduos com número abaixo de 200 células CD4+/mm³ de sangue apresentaram menores escores no domínio físico. Em todos os domínios, os escores foram menores com diferenças significativas para pessoas em seguimento ou com indicação de seguimento psiquiátrico. CONCLUSÕES: Apesar de diferenças por sexo, cor da pele, renda e condições de saúde mental e imunológica, os portadores de Aids têm melhor qualidade de vida - física e psicológica - que outros pacientes, mas pior no domínio de relações sociais. Neste último, podem estar refletidos os processos de estigma e discriminação associados às dificuldades na revelação diagnóstica em espaços sociais e para uma vida sexual tranqüila.

Publicado

2007-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Santos, E. C. M. dos, França Junior, I., & Lopes, F. (2007). Qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV/Aids em São Paulo . Revista De Saúde Pública, 41(suppl.2), 64-71. https://doi.org/10.1590/S0034-89102007000900011