Gravidez na adolescência e uso freqüente de álcool e drogas no contexto familiar

Autores

  • Valéria Garcia Caputo Faculdade de Medicina de Marília
  • Isabel Altenfelder Bordin Universidade Federal de São Paulo; Escola Paulista de Medicina; Departamento de Psiquiatria

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000300003

Palavras-chave:

Gravidez na Adolescência, Relações Familiares, Fatores de Risco, Consumo de Bebidas Alcoólicas, Drogas Ilícitas, Estudos de Casos e Controles

Resumo

OBJETIVO: Analisar fatores individuais e familiares associados à gravidez na adolescência, incluindo uso freqüente de álcool e drogas ilícitas por familiar. MÉTODOS: Estudo de caso-controle com amostra de 408 adolescentes (13-17 anos) escolares sexualmente ativas, de Marília, SP, 2003-2004. Os casos eram 100 primigestas atendidas em programas de pré-natal de unidades de saúde e os controles, 308 estudantes que nunca haviam engravidado, provenientes de oito escolas estaduais. Foram coletados com instrumentos padronizados dados sociodemográficos, educacionais, comportamento contraceptivo, problemas de saúde mental e características familiares. A análise estatística incluiu testes de qui-quadrado e modelos de regressão logística. RESULTADOS: A baixa escolaridade paterna (p=0,01), a falta de informação sobre sexualidade e fertilização (p=0,001) e o uso de drogas ilícitas por familiar residente no domicílio (p=0,006) foram fatores de risco independentemente dos demais. Renda familiar per capita e pedir ao parceiro que usasse preservativo foram fatores de confundimento. CONCLUSÕES: O uso freqüente de drogas ilícitas por familiar residente no domicílio é um fator fortemente associado à gravidez na adolescência, independentemente dos demais. A expectativa de cursar a faculdade constitui fator de proteção, principalmente na presença de baixa escolaridade materna.

Publicado

2008-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Caputo, V. G., & Bordin, I. A. (2008). Gravidez na adolescência e uso freqüente de álcool e drogas no contexto familiar . Revista De Saúde Pública, 42(3), 402-410. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000300003