Índice de ajuste de comorbidade para a 10a revisão da classificação internacional de doenças

Autores

  • Robert Antonio Ramiarina Universidade Federal do Rio de Janeiro; Coppe; Programa de Engenharia Biomédica
  • Beatriz Luiza Ramiarina Universidade Federal Fluminense; Faculdade de Medicina
  • Renan Moritz V R Almeida Universidade Federal do Rio de Janeiro; Coppe; Programa de Engenharia Biomédica
  • Wagner Coelho de Albuquerque Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro; Coppe; Programa de Engenharia Biomédica

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000400003

Palavras-chave:

Comorbidade, Classificação Internacional de Doenças, Mortalidade Hospitalar, Registros Médicos, Modelos Estatísticos, Tábuas de Vida, Modelos Epidemiológicos, Modelos Matemáticos

Resumo

OBJETIVO: Desenvolver um índice de co-morbidade a partir das condições clínicas e dos pesos do índice de co-morbidade de Charlson. MÉTODOS: As condições clínicas e pesos do índice de Charlson foram adaptados segundo a Classificação Internacional de Doenças 10a Revisão, e aplicados ao diagnóstico principal de internação hospitalar. Foram estudados 3.733 pacientes acima de 18 anos hospitalizados em hospital geral público do município do Rio de Janeiro, RJ, 2001-2003. A distribuição do índice foi de acordo com o gênero, tipo da admissão, presença de transfusão de sangue, admissão à unidade de terapia intensiva, idade e tempo de internação. Dois modelos de regressão logística foram desenvolvidos com o objetivo de prever a mortalidade hospitalar desses pacientes: a) com as variáveis acima e o índice de co-morbidade (modelo completo); e b) contendo apenas o índice e a idade dos pacientes (modelo reduzido). RESULTADOS: Dentre o total de pacientes analisados, 22,3% possuíam escores >;1 para o índice e sua taxa de mortalidade foi 4,5% (66,0% dos quais com escores >;1). Exceto gênero e do tipo de admissão, todas as variáveis foram retidas na regressão. Os modelos tiveram uma área sob a curva característica ROC igual a 0,86 (modelo completo) e 0,76 (modelo reduzido). Cada aumento de uma unidade nos escores do índice foi associado com um aumento de quase 50% na probabilidade de mortalidade hospitalar. CONCLUSÕES: O índice desenvolvido pôde discriminar probabilidades de mortalidade com uma eficácia aceitável, o que pode ser útil ao lidar-se com bancos de dados hospitalares com informação limitada.

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Publicado

2008-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Ramiarina, R. A., Ramiarina, B. L., Almeida, R. M. V. R., & Pereira, W. C. de A. (2008). Índice de ajuste de comorbidade para a 10a revisão da classificação internacional de doenças . Revista De Saúde Pública, 42(4), 590-597. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000400003