Testagem anti-HIV em mulheres grávidas no Brasil: taxas e preditores

Autores

  • Valdiléa G Veloso Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas
  • Margareth C Portela Fiocruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca
  • Mauricio T L Vasconcellos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Escola Nacional de Ciências Estatísticas
  • Luiz A Matzenbacher IBGE
  • Ana Lúcia R de Vasconcelos Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães
  • Beatriz Grinsztejn Fundação Oswaldo Cruz; Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas
  • Francisco I Bastos Fiocruz; Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000500011

Palavras-chave:

Gestantes, Infecções por HIV^i2^sdiagnóst, Síndrome de Imunodeficiência Adquirida^i2^sprevenção e contr, Cuidado Pré-Natal, Fatores Socioeconômicos, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Estimar as taxas de oferta e realização do teste anti-HIV e seus preditores entre mulheres que receberam atendimento pré-natal. MÉTODOS: Foi conduzido estudo transversal, de base populacional, com 2.234 puérperas em 12 cidades do Brasil. Amostras probabilísticas foram selecionadas independentemente por cidade, entre puérperas que compareceram a pelo menos uma visita pré-natal. Foram coletados dados sociodemográficos, informações sobre cuidado pré-natal e acesso a intervenções de prevenção do HIV durante a gravidez corrente, com a utilização de um questionário. Foram realizadas análises bivariadas e multivariadas para verificar os efeitos independentes das covariáveis na oferta e realização do teste anti-HIV. Os dados foram coletados no período de novembro de 1999 a abril de 2000. RESULTADOS: A realização do teste na gravidez foi relatada por 77,5% das entrevistadas. A oferta do teste anti-HIV foi positivamente associada a: conhecimento prévio sobre a prevenção da transmissão materno-infantil do HIV; maior número de visitas pré-natal; maior nível de escolaridade e ter cor da pele branca. A taxa de aceitação do teste anti-HIV foi de 92,5%. CONCLUSÕES: Os resultados indicam que a disseminação da informação sobre prevenção da transmissão materno-infantil do HIV pode contribuir para aumentar a cobertura da testagem anti-HIV durante a gravidez. Mulheres não-brancas com menores níveis educacionais devem ser priorizadas. Estratégias para aumentar a participação de populações vulneráveis ao cuidado pré-natal e a sensibilização de trabalhadores de saúde são de grande importância.

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Publicado

2008-10-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Veloso, V. G., Portela, M. C., Vasconcellos, M. T. L., Matzenbacher, L. A., Vasconcelos, A. L. R. de, Grinsztejn, B., & Bastos, F. I. (2008). Testagem anti-HIV em mulheres grávidas no Brasil: taxas e preditores . Revista De Saúde Pública, 42(5), 859-867. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000500011