Vírus dengue em larvas de Aedes aegypti e sua dinâmica de infestação, Roraima, Brasil

Autores

  • Julianna Dias Zeidler Universidade Federal de Roraima; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Departamento de Biologia
  • Pablo Oscar Amézaga Acosta Universidade Federal de Roraima; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Departamento de Biologia
  • Priscila Pereira Barrêto Universidade Federal de Roraima; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Departamento de Biologia
  • Joel da Silva Cordeiro Universidade Federal de Roraima; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde; Departamento de Biologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000055

Palavras-chave:

Dengue^i1^stransmis, Aedes, Insetos Vetores, Entomologia, Vigilância Epidemiológica

Resumo

OBJETIVO: Identificar a presença do vírus dengue em formas larvais de Aedes aegypti e relacionar a presença do vetor com índice pluviométrico e número de casos de dengue. MÉTODOS: Dezoito domicílios foram selecionados aleatoriamente para coleta de ovos em um bairro da cidade de Boa Vista (RR). Foram instaladas duas ovitrampas por domicílio e removidas após uma semana, mensalmente, de novembro de 2006 a maio de 2007. Foram calculados o índice de positividade de ovitrampa e o índice de densidade dos ovos. Após eclosão de 1.422 ovos coletados, foram formados 44 pools de no máximo 30 larvas para teste de presença do vírus dengue por meio de RT-PCR e hemi-nested PCR. O índice de incidência de dengue no período foi correlacionado com a precipitação pluvial. A associação entre essas variáveis e número de ovos coletados foi analisada pelo coeficiente de Pearson. RESULTADOS: Nenhum dos pools apresentou positividade para o vírus dengue, apesar do bairro ter apresentado elevados índices de incidência de dengue no período estudado. A densidade da população de Ae. aegypti aumentou conforme a pluviosidade, mas não apresentou correlação com índices de incidência de casos de dengue. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que a transmissão transovariana do vírus em mosquitos ocorre a uma freqüência muito baixa e por isso sua persistência em meio urbano pode não depender desse fenômeno. A população do mosquito aumentou no período de chuvas devido à formação de criadouros; a não-correlação com o índice de incidência de dengue deve-se à possibilidade desse dado ser subestimado em períodos de epidemia.

Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Zeidler, J. D., Acosta, P. O. A., Barrêto, P. P., & Cordeiro, J. da S. (2008). Vírus dengue em larvas de Aedes aegypti e sua dinâmica de infestação, Roraima, Brasil . Revista De Saúde Pública, 42(6), 986-991. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000055