Prevalência de consultas médicas e fatores associados, Pelotas (RS), 1999-2000

Autores

  • Juvenal Soares Dias da Costa Universidade Federal de Pelotas; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social
  • Mauri Caldeira Reis UFPel; Programa de Residência em Medicina Preventiva e Social
  • Claudio Viana Silveira Filho UFPel; Programa de Residência em Medicina Preventiva e Social
  • Rogério da Silva Linhares UFPel; Programa de Residência em Medicina Preventiva e Social
  • Fábio Piccinini UFPel; Programa de Residência em Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000060

Palavras-chave:

Serviços de Saúde^i1^sutiliza, Visita a Consultório Médico, Fatores Socioeconômicos, Desigualdades em Saúde, Estudos Transversais

Resumo

OBJETIVO: Estimar a prevalência de consultar com médico e analisar fatores a ela associados. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado de dezembro de 1999 a abril de 2000, na cidade de Pelotas (RS). Foram incluídos 1.962 indivíduos de ambos os sexos, de 20 a 69 anos, residentes na zona urbana. Os dados foram coletados por meio de questionários padronizados e pré-codificados. O desfecho "consultar com médico nos 12 meses antes da entrevista" foi analisado com fatores socioeconômicos, demográficos, presença de doenças crônicas e distúrbios psiquiátricos, estado nutricional, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, e internação no ano anterior à entrevista. Foi realizada regressão de Poisson seguindo modelo hierarquizado, controlada por variáveis de confusão, considerando nível de significância <0,05. RESULTADOS: Entre os entrevistados, 1.395 (70,9%) haviam consultado com médico no período analisado. A análise multivariada entre os homens revelou que os indivíduos que apresentaram maiores prevalências de consultas com médico possuíam renda familiar per capita maior de 10 salários mínimos, mais de 60 anos de idade, diabetes mellitus, índice de massa corporal maior ou igual a 25 kg/m² e que haviam sido hospitalizados. As mulheres com renda familiar per capita acima de seis salários mínimos, com mais de 60 anos, brancas, não fumantes, com hipertensão arterial, com diabetes e as que haviam sido hospitalizadas apresentaram maiores prevalências do desfecho. CONCLUSÕES: Foram identificadas iniqüidades em saúde em relação à cor da pele e renda familiar e alta prevalência de consulta com médicos, principalmente entre os indivíduos mais idosos e com algumas doenças crônicas não transmissíveis.

Publicado

2008-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Costa, J. S. D. da, Reis, M. C., Silveira Filho, C. V., Linhares, R. da S., & Piccinini, F. (2008). Prevalência de consultas médicas e fatores associados, Pelotas (RS), 1999-2000 . Revista De Saúde Pública, 42(6), 1074-1084. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008005000060