Sobrevida de mulheres tratadas por câncer de mama no estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Claudia Brito Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouc
  • Margareth Crisóstomo Portela Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca; Departamento de Administração e Planejamento em Saúde
  • Mauricio Teixeira Leite de Vasconcellos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Escola Nacional de Ciências Estatísticas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000300012

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama, Análise de Sobrevida, Avaliação de Processos e Resultados (Cuidados de Saúde), Saúde Suplementar, Políticas Públicas de Saúde

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a associação entre sobrevida de mulheres com câncer de mama e estrutura e práticas observadas nos estabelecimentos de assistência oncológica. MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo, baseado em informações do Sistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade do Sistema Único de Saúde e em amostra aleatória de 310 prontuários de mulheres prevalentes atendidas em 15 unidades hospitalares e ambulatoriais oncológicas com quimioterapia entre 1999 e 2002, no estado do Rio de Janeiro. Foram consideradas como variáveis independentes características da estrutura das unidades oncológicas e as suas intervenções praticadas, controlando o efeito com variáveis sociodemográficas e clínicas das pacientes. Para análise dos dados, foram utilizados a técnica de Kaplan-Meier e o modelo de risco de Cox (pseudo-verossimilhança). RESULTADOS: As análises de Kaplan-Meier apontaram associações significativas entre sobrevida e tempo entre diagnóstico e início do tratamento, realização de cirurgia, utilização de hormonioterapia, tipo de hormonioterapia, combinações terapêuticas, tipo de unidade e plano de saúde, volume de atendimento em câncer de mama do estabelecimento e natureza jurídica da unidade. Estimativas obtidas pelo modelo de Cox indicaram associações positivas entre o hazard de morte e tempo entre diagnóstico e início do tratamento, volume de atendimento de câncer de mama do estabelecimento e tipo de unidade combinado ao uso de plano de saúde; e negativas entre sobrevida e cirurgia de mama e tipo de hormonioterapia. CONCLUSÕES: Os resultados mostram associação entre sobrevida de câncer de mama e o cuidado de saúde prestado pelos serviços credenciados, com implicações práticas para pautar novas propostas para o controle do câncer no Brasil.

Publicado

2009-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Brito, C., Portela, M. C., & Vasconcellos, M. T. L. de. (2009). Sobrevida de mulheres tratadas por câncer de mama no estado do Rio de Janeiro . Revista De Saúde Pública, 43(3), 481-489. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000300012