Renda e inserção profissional dos médicos brasileiros após instituição do Sistema Único de Saúde

Autores

  • Ronir Raggio Luiz Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Lígia Bahia Universidade Federal do Rio de Janeiro; Instituto de Estudos em Saúde Coletiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000045

Palavras-chave:

Médicos^i1^sprovisão & distribui, Mercado de Trabalho, Levantamentos Demográficos, Brasil

Resumo

OBJETIVO: Analisar as tendências de inserção no trabalho e composição de renda dos médicos a partir das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílio (PNAD). MÉTODOS: Os microdados das PNAD de 1988, 1993, 1998 e 2003 foram analisados segundo parâmetros demográficos, sociais e ocupacionais. Na análise exploratória foram consideradas as tendências relacionadas com o emprego e renda dos médicos. As associações estatísticas foram avaliadas pelo teste qui-quadrado. RESULTADOS: Quanto ao perfil demográfico observou-se uma tendência de ampliação da presença de mulheres e de profissionais com mais de 55 anos, além da preservação da alta proporção de brancos. Com relação à ocupação e à renda, observou-se um aumento do empresariamento médico e a manutenção de elevados rendimentos, em termos relativos, especialmente para aqueles que mesclavam ocupações de empregado e empregador. CONCLUSÕES: A possibilidade do exame de características individualizadas de ocupação e renda e dos múltiplos vínculos dos médicos, disponíveis nas PNAD, ainda que limitadas, contribui para o aprofundamento da compreensão dos padrões e mudanças da inserção dos médicos brasileiros no mercado de trabalho no período pós-implementação do Sistema Único de Saúde.

Publicado

2009-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Luiz, R. R., & Bahia, L. (2009). Renda e inserção profissional dos médicos brasileiros após instituição do Sistema Único de Saúde . Revista De Saúde Pública, 43(4), 689-698. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000045