Adaptação cultural e parâmetros psicométricos da versão brasileira da "Need for Recovery Scale"

Autores

  • Cristiane Shinohara Moriguchi Universidade Federal de São Carlos; Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
  • Michele Elisabete Rubio Alem UFSCar; Departamento de Fisioterapia
  • Marc van Veldhoven Tilburg University; Faculty of Social and Behavioural Sciences; Department of Human Resource Studies
  • Helenice Jane Cote Gil Coury UFSCar; Departamento de Fisioterapia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000100014

Palavras-chave:

Fadiga, diagnóstico, Questionários, Tradução (Produto), Condições de Trabalho, Reprodutibilidade dos Testes, Validade dos Testes

Resumo

OBJETIVO: Traduzir a escala Need for Recovery Scale para a língua portuguesa visando a adaptação cultural e apresentando a estabilidade, consistência interna e validade convergente da versão brasileira em trabalhadores da indústria. MÉTODOS: A tradução da escala seguiu normas para adaptações culturais de questionários, que envolveu as etapas de tradução, síntese, retro-tradução, revisão por especialistas e pré-teste. A versão final da escala em português, denominada Escala de Necessidade de Descanso foi avaliada pelos testes de estabilidade (n=52) e de consistência interna (n=192) e quanto à validade convergente em avaliações simultâneas com outros instrumentos: Escala de Borg (n=59), Questionário de Fadiga de Chalder (n=57) e escalas do Short Form-36 (n=56). RESULTADOS: A estabilidade e consistência interna da escala atingiram o critério de medida confiável (ICC=0,80 e α de Cronbach=0,87, respectivamente). A validade convergente entre a versão brasileira da escala e os outros instrumentos também apresentaram bons resultados: Escala de Borg (r=0,64); Questionário de Fadiga de Chalder (r=0,67); escalas do Short Form-36: vitalidade (r=-0,84), capacidade funcional (r=-0,54) e aspectos físicos (r=-0,47). CONCLUSÕES: A versão brasileira da escala Need for Recovery Scale apresentou boa confiabilidade para avaliação de sintomas de fadiga relacionada ao trabalho. Além disto, apresentou correlações satisfatórias e significativas com outros instrumentos aceitos pela literatura, o que valida a escala para utilização em trabalhadores de perfil semelhante ao estudado.

Downloads

Publicado

2010-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Moriguchi, C. S., Alem, M. E. R., Veldhoven, M. van, & Coury, H. J. C. G. (2010). Adaptação cultural e parâmetros psicométricos da versão brasileira da "Need for Recovery Scale" . Revista De Saúde Pública, 44(1), 131-139. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000100014