Diagnóstico de anemia por deficiência de ferro em crianças do Nordeste do Brasil

Autores

  • Antonio Geraldo Cidrão Carvalho Universidade Federal da Paraíba; Departamento de Fisioterapia
  • Pedro Israel Cabral de Lira Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutrição e Materno Infantil
  • Maria de Fátima Alcântara Barros Universidade Federal da Paraíba; Departamento de Fisioterapia
  • Maria Luiza Martins Aléssio Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutrição e Materno Infantil
  • Marília de Carvalho Lima Universidade Federal de Pernambuco; Departamento de Nutrição e Materno Infantil
  • Marie Annette Carbonneau Université Montpellier I; Faculté de Médecine; Institut de Biologie
  • Jacques Berger Université Montpellier I/II; Institut de Recherche pour le Développement
  • Claude Louis Léger Université Montpellier I; Faculté de Médecine; Institut de Biologie

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000300015

Palavras-chave:

Anemia Ferropriva^i3^sdiagnóst, Ferritinas^i3^ssan, Técnicas e Procedimentos de Laboratório, Testes Hematológicos, Deficiência de Ferro^i3^spreven, Deficiência de Ferro^i3^scontr, Nutrição do Lactente, Nutrição da Criança

Resumo

OBJETIVO: Diagnosticar anemia por deficiência de ferro em crianças. MÉTODOS: O estudo foi desenvolvido com uma amostra de 301 crianças com idade entre seis e 30 meses, usuárias de creches públicas de Recife, PE, em 2004. Para o diagnóstico da anemia utilizou-se a combinação de diferentes parâmetros hematológicos e bioquímicos: hemoglobina, volume corpuscular médio, ferritina, proteína C-reativa, saturação da transferrina e receptor da transferrina. Para a análise estatística empregou-se o teste do qui-quadrado e ANOVA. RESULTADOS: Do total de crianças, 92,4% tinha anemia (Hb < 110g/L) e 28,9% apresentou anemia moderada/grave (Hb<90g/L). Níveis mais baixos de hemoglobina foram observados em crianças de seis a 17 meses. Encontrou-se deficiência de ferro em 51,5% das crianças, utilizando-se a ferritina (< 12µg/L) como parâmetro. Considerando a combinação da concentração de hemoglobina, ferritina e do receptor de transferrina, 58,1% tinha anemia com deficiência de ferro, 34,2% anemia sem déficit de ferro e 2,3% deficiência de ferro sem anemia. A concentração média de ferritina foi significativamente maior em crianças com proteína C-reativa aumentada quando comparada com aqueles com níveis normais (22,1 versus 14,8 µg/L). CONCLUSÕES: A utilização de diversos parâmetros bioquímicos e hematológicos possibilitou diagnosticar anemia por deficiência de ferro em dois terços das crianças, revelando a necessidade de identificar outros determinantes de anemia sem deficiência de ferro.

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Publicado

2010-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Carvalho, A. G. C., Lira, P. I. C. de, Barros, M. de F. A., Aléssio, M. L. M., Lima, M. de C., Carbonneau, M. A., Berger, J., & Léger, C. L. (2010). Diagnóstico de anemia por deficiência de ferro em crianças do Nordeste do Brasil . Revista De Saúde Pública, 44(3), 513-519. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000300015