Uso de medicamentos por pessoas com deficiências em áreas do estado de São Paulo

Autores

  • Shamyr Sulyvan Castro Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública; Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
  • Americo Focesi Pelicioni Faculdades Metropolitanas Unidas; Escola de Enfermagem; Departamento de Epidemiologia
  • Chester Luiz Galvão Cesar USP; FSP; Departamento de Epidemiologia
  • Luana Carandina Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho; Faculdade de Medicina de Botucatu; Departamento de Saúde Pública
  • Marilisa Berti de Azevedo Barros Universidade Estadual de Campinas; Faculdade de Ciências Médicas; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Maria Cecilia Goi Porto Alves Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; Instituto de Saúde
  • Moisés Goldbaum USP; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000400003

Palavras-chave:

Pessoas com Deficiência, Uso de Medicamentos, Inquéritos de Morbidade

Resumo

OBJETIVO: Analisar o consumo de medicamentos e os principais grupos terapêuticos consumidos por pessoas com deficiências físicas, auditivas ou visuais. MÉTODOS: Estudo transversal em que foram analisados dados do Inquérito Multicêntrico de Saúde no Estado de São Paulo (ISA-SP) em 2002 e do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo (ISA-Capital), realizado em 2003. Os entrevistados que referiram deficiências foram estudados segundo as variáveis que compõem o banco de dados: área, sexo, renda, faixa etária, raça, consumo de medicamentos e tipos de medicamentos consumidos. RESULTADOS: A percentagem de consumo entre as pessoas com deficiência foi de: 62,8% entre os visuais; 60,2% entre os auditivos e 70,1% entre os físicos. As pessoas com deficiência física consumiram 20% mais medicamentos que os não-deficientes. Entre as pessoas com deficiência visual, os medicamentos mais consumidos foram os diuréticos, agentes do sistema renina-angiotensina e analgésicos. Pessoas com deficiência auditiva utilizaram mais analgésicos e agentes do sistema renina-angiotensina. Entre indivíduos com deficiência física, analgésicos, antitrombóticos e agentes do sistema renina-angiotensina foram os medicamentos mais consumidos. CONCLUSÕES: Houve maior consumo de medicamentos entre as pessoas com deficiências quando comparados com os não-deficientes, sendo os indivíduos com deficiência física os que mais consumiram fármacos, seguidos de deficientes visuais e auditivos.

Publicado

2010-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Castro, S. S., Pelicioni, A. F., Cesar, C. L. G., Carandina, L., Barros, M. B. de A., Alves, M. C. G. P., & Goldbaum, M. (2010). Uso de medicamentos por pessoas com deficiências em áreas do estado de São Paulo . Revista De Saúde Pública, 44(4), 601-610. https://doi.org/10.1590/S0034-89102010000400003